Colher, plantar, colher

por [Nome do Autor]

1968 foi considerado no Brasil como o ano que não terminou.

Não houve resistência imediata ao golpe de 64, por decisão do presidente [Nome do Presidente].

As principais entidades secundaristas já no ano de 1965 foram reabertas na marra, sem autorização legal. Entre as mais conhecidas, em novembro de 1965, a AMES do Rio de Janeiro foi a primeira a voltar a funcionar, a partir de uma Assembleia de lideranças, na sede do antigo sindicato dos metalúrgicos, em São Cristóvão, no Rio, na qual fui eleito.

A UNE não parou, enfrentou a ditadura.

De um lado o movimento estudantil e do outro a repressão policial-militar do regime de exceção cresceram em proporções desiguais e o ano de 1968, pelos acontecimentos ocorridos, vai se tornar um ano histórico.

Em 28 de março daquele ano ocorreu o assassinato do estudante secundarista [Nome do Estudante], no restaurante Calabouço, Rio.

A significante manifestação estudantil do seu enterro, mobilizando parte expressiva da classe média, à frente artistas e intelectuais, vai impulsionar novas ações de resistência à ditadura.

“Abaixo a Ditadura. O Povo no poder”, foi a grande faixa que abriu o cortejo do enterro.

Em abril de 1968, operários da Belgo-Mineira realizaram uma greve com ocupação da fábrica. Essa greve marca o início de uma onda de revolta operária em Minas Gerais contra o arrocho salarial.

Em 1º de maio do mesmo ano, em SP, os operários colocaram para correr do palanque de comemoração do dia de luta do trabalhador o governador [Nome do Governador] e os sindicalistas pelegos, e realizaram o ato e depois saíram em passeata.

Em 26 de junho de 1968 ocorreu a passeata dos cem mil no Rio, com retumbantes estímulos a outras manifestações em demais partes do país.

Duas semanas após, outra passeata no Rio, quantificada pelos organizadores em 50 mil, a rigor uns 30 mil era mais realista. Fui participante dessas manifestações.

O ano político de 1968 não ocorreu apenas no Brasil, mas em vários países: França, Alemanha, Checoslováquia, Estados Unidos e México. Foi uma quadra de contestação e rebeldia ao sistema e ao status quo do autoritarismo, por novos valores, democracia e pela paz.

Maio de 68 na França, foi uma grande onda de protestos, iniciada com manifestações estudantis pelas reformas educacionais, que evoluiu para uma greve de trabalhadores, pararam a cidade de Paris por vários dias, e balançou o governo de Gaulle.

Nos Estados Unidos, o assassinato de [Nome da Pessoalidade] levou multidões às ruas e impulsionou sanções de direitos civis.

Em 1968, a China estava no auge da Revolução Cultural, que foi um movimento lançado por [Nome da Pessoalidade] em 1966, com o objetivo de eliminar elementos “burgueses” e “revisionistas” da sociedade e reafirmar os ideais comunistas. Jovens estudantes, organizados como Guardas Vermelhos, foram incentivados a combater figuras reacionárias.

Se naquele tempo os jovens acreditavam no povo organizado como força motriz da mudança, em 2025, a luta de classes precisa voltar aos trilhos e se reconectar com o espírito coletivo e ousado. Assim como em 68, o futuro exige coragem, consciência e determinação para que a história não seja apenas lembrada, mas vivida como inspiração para a transformação.

1968 não se repete, mas certamente devemos usar momentos históricos para nos inspirar.

Em 2024, tivemos acontecimentos importantes para o desenvolvimento socioeconômico do país, além de outros, simbólicos, que nos dão esperança de um Brasil trilhando um caminho socialmente mais justo.

O PIB cresceu 3,3% em relação ao mesmo período de 2023, talvez chegue a 3.5.

A taxa de desocupação no Brasil atingiu 6,1% no trimestre encerrado em novembro. De acordo com o IBGE, há 6,8 milhões de pessoas desocupadas.

O menor índice de desemprego registrado foi no governo [Nome do Governador], 4,6%, considerado estatisticamente como pleno emprego.

O número de jovens que não estão em nenhuma instituição educacional ou trabalhando está atualmente no menor patamar desde 2012.

Amazônia tem menor taxa de desmatamento em 9 anos. Taxa de desmatamento caiu 77,2% no Pantanal e 48,4% no Cerrado.

O setor de industria de alta tecnologia registrou crescimento no acumulado de janeiro a setembro de 2024, de 4,0% (de acordo com a Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi)).

Os investimentos em infraestrutura tiveram um salto positivo de R$ 188 bilhões em 2022 para R$ 260 bilhões em 2024.

O governo atual alcançou a menor taxa de pobreza (27,4%) e de miséria (4,4%) da história do país.

O IBGE, com sua Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), compartilhou os dados de que A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 21,952 bilhões no período de um ano, o que é um crescimento de 7,2% no trimestre terminado em setembro de 2023 até o trimestre encerrado em setembro de 2024.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que o Brasil foi o segundo país que mais recebeu investimentos diretos de países estrangeiros.

A prisão dos generais [Nome dos Generais] é um marco histórico para o país. É a primeira vez que um general quatro estrelas é preso no Brasil.

Donald Trump foi reeleito como presidente dos Estados Unidos, representando uma grande vitória para a extrema-direita internacional e uma ameaça iminente à segurança mundial. Isso reforça a importância dos BRICS, tanto no plano econômico, como no plano político.

Na Bolívia e na Coreia do Sul, tentativas de implementar uma ditadura militar foram rapidamente desmanteladas, graças à grande revolta e resistência popular em ambas as nações.

Mais de 45 mil palestinos foram mortos pelos ataques de Israel em suas terras. Cidades foram completamente destruídas e abandonadas; médicos, jornalistas, famílias com recém-nascidos tornaram-se alvos de missões táticas que buscavam aniquilar qualquer entidade que trouxesse esperança ou auxílio ao povo palestino.

Entre avanços e retrocessos, a única certeza é que 2025 já carrega uma grande carga de conflitos profundos entre nações, além de ser um ano decisivo para o Brasil.

Novas presidências no Senado e na Câmara trarão lideranças comprometidas com o bolsonarismo. Contudo, são produtos de arranjos em que partidos do governo participaram. É crível esperar menos traições e chantagens, e mais diálogo e negociações pontuais.

O poderoso [Nome da Pesso

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Last Update: 30/12/2024