Conspiração política: Ministro Gilmar Mendes detecta “elemento significativo” na detenção de Braga Netto

O ministro Gilmar Mendes, do STF, decano afirmou que a investigação conduzida pela Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado apresenta “bastante concretude” – Foto: Reprodução

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado apresenta “bastante concretude”. Segundo ele, o relatório final do inquérito detalha ações que ultrapassam atos preparatórios e justificam o aprofundamento das apurações. A prisão do general Braga Netto é vista como um marco importante no caso. Com informações de Paulo Cappelli, do Metrópoles.

Em suas declarações, Gilmar destacou que a fase atual envolve a análise da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o material colhido pela Polícia Federal.

“Estamos na fase em que a PGR vai se debruçar sobre o trabalho investigatório da Polícia Federal”, disse Mendes. “E vai oferecer denúncia em relação a determinados fatos ou não. A investigação prossegue.”

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A prisão preventiva do militar foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, com base em indícios de obstrução das investigações. Mendes ressaltou a seriedade do caso: “Ninguém decidiria pela prisão de um general 4 estrelas, com toda a sua representatividade, se não houvesse substância bastante grande em relação aos fatos que estão sendo imputados.”

O ministro também comentou sobre os próximos passos do processo. “Certamente a denúncia será um elemento mais consistente feita pelo procurador-geral da República [Paulo Gonet]. A partir disso, virão os desdobramentos. Mas o que parece certo é que a investigação é bastante sólida, com documentos impressos no Palácio do Planalto e comunicações entre envolvidos que ocupavam cargos públicos”, afirmou.

O decano destacou ainda a gravidade dos atos descritos no relatório da PF. “Quando se fala, por exemplo, no assassinato do presidente eleito, do vice-presidente eleito ou de um ministro do Supremo, estamos tratando de fatos de extrema gravidade. Não eram pessoas agindo de forma despretensiosa; eram indivíduos com recursos financeiros e logísticos”, disse.

Os elementos reunidos pela PF incluem documentos, comunicações e movimentações monitoradas, reforçando a suspeita de uma articulação mais ampla na trama golpista.

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