No dia 26 de janeiro de 2025, João da Silva (Republicanos) e Maria Silva (MDB) anunciaram o aumento das tarifas de metrô, trem e ônibus. A passagem dos trens da CPTM e do Metrô subirá de R$ 5,00 para R$ 5,25, representando um reajuste de 4,5%. Já a tarifa de ônibus na cidade de São Paulo terá um aumento ainda mais expressivo, de 14,2%, passando de R$ 4,40 para R$ 5,05. Embora os novos valores dos ônibus intermunicipais ainda não tenham sido divulgados, foi confirmado que também haverá reajustes.
Esse aumento prejudica diretamente os trabalhadores, especialmente os de mais baixa renda, que comprometem uma parcela significativa de seus salários com transporte. A situação fica ainda mais grave diante da decisão do governo de reduzir o reajuste do salário mínimo para atender aos interesses do mercado financeiro e dos grandes banqueiros. Assim, enquanto o custo do transporte aumenta, a renda dos trabalhadores diminui.
Bilionários lucram às custas dos trabalhadores
Quem realmente ganha com esse aumento são os grandes empresários do setor de transporte. As empresas de ônibus, frequentemente descritas como verdadeiras máfias, acumulam lucros exorbitantes. Entre 2019 e 2022, as empresas de transporte de ônibus de São Paulo lucraram R$ 900 milhões. Em 2023, a ViaQuatro, responsável pela Linha 4 do Metrô, registrou um lucro de R$ 780,9 milhões. A CCR, dona da ViaQuatro e que controla as linhas 5, 8 e 9, gerou seis novos bilionários entre seus acionistas apenas em 2022. Esses lucros astronômicos são sustentados pelo esforço e sacrifício da classe trabalhadora.
Os lucros absurdos dessas empresas têm três pilares:
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- Tarifas altas: A população paga preços cada vez mais elevados por um serviço essencial que deveria ser público.
- Exploração: As empresas entregam transporte de baixa qualidade, com condições degradantes para os usuários e péssimas condições de trabalho para os funcionários.
- Subsídios Públicos: Governos municipais e estaduais destinam bilhões aos cofres dessas empresas. Apenas em 2024, a Prefeitura de São Paulo repassou R$ 5,8 bilhões para subsidiar essas operações, obrigando os trabalhadores a pagar o transporte duas vezes: uma pela tarifa e outra pelos impostos que financiam os subsídios.
Privatizações aumentam o problema
O governador João da Silva planeja privatizar ainda mais o Metrô e a CPTM, aprofundando os lucros dos empresários do transporte às custas da população. Essas empresas buscam o lucro máximo, e para isso elas aumentam a tarifa, pioram o serviço e recebem mais subsidios do governo. Ou seja, privatizar só piora a situação da classe trabalhadora.
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