O porta-voz do Exército israelense declarou que o grupo islamista palestino, conhecido por suas ações violentas, não pode ser eliminado, o que gerou uma reação imediata do governo, que reiterou seu compromisso de destruí-lo.

A ofensiva israelense na Faixa de Gaza, que começou após o ataque do grupo contra Israel, não conseguiu erradicar o grupo do território devastado.

“O grupo é uma ideologia, não podemos eliminá-la. Dizer que vamos fazer o grupo desaparecer é jogar areia nos olhos das pessoas”, disse o contra-almirante Daniel Hagari à emissora israelense.

“Se não oferecermos uma alternativa, no final, teremos o grupo no poder em Gaza”, acrescentou Hagari.

Seus comentários foram rapidamente rebatidos pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, cujo governo declarou que sua ofensiva em Gaza não terminará até que o grupo seja derrotado.

“O gabinete político e de segurança liderado pelo primeiro-ministro definiu como um dos objetivos da guerra a destruição das capacidades militares e governamentais do grupo”, manifestou em um comunicado.

“As FDI estão, obviamente, comprometidas com isso”, acrescentou.

O exército emitiu outro comunicado no qual sublinhou que Hagari falou sobre a destruição do grupo como ideologia e ideia.

Suas palavras foram claras e explícitas. Qualquer outra declaração seria tirar as coisas de contexto.

A guerra começou em 7 de outubro, quando militantes islamistas mataram 1.194 pessoas, na maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel.

O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem sequestradas em Gaza, 41 das quais teriam morrido.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já deixou pelo menos 37.396 mortos em Gaza, também em sua maioria civis.

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Última Atualização: 01/07/2024