Lira busca carta branca para a corrupção

Por [nome do autor], em seu blog

O empenho desmedido de Arthur Lira para liberar o repasse de emendas secretas revela seu verdadeiro interesse.

Não se viu antes um Lira tão mobilizado como agora. Nem nos momentos mais graves de ameaça à democracia e aos poderes da República.

O que de fato mobiliza Lira são interesses nada nobres.

O presidente da Câmara dos Deputados reivindica uma carta branca para a corrupção com emendas parlamentares.

Lira interrompeu o recesso de fim de ano, mobilizou líderes partidários e pediu uma reunião de urgência com o presidente Lula para pressionar o STF a liberar o assalto de fim de ano ao butim de R$ 4,2 bilhões de emendas ao Orçamento da União.

Falta nobreza e republicanismo nessa luta do Lira e da deputadocracia viciada em verbas do orçamento secreto.

O STF não determinou o fim das emendas impositivas, apenas relembrou os congressistas a respeito de critérios legais e constitucionais que devem ser observados no repasse de todo dinheiro público.

O ministro Flávio Dino apenas determinou que o pagamento de emendas precisa observar diretrizes de execução de todo gasto público: identificação de autor e beneficiário, publicidade e transparência, viabilidade técnica e prestação de contas.

Para Lira, no entanto, essa determinação é inaceitável. Ele reivindica total obscuridade e falta de transparência e controle sobre o repasse dos R$ 4,2 bilhões.

Ora, por que essa resistência do presidente da Câmara em cumprir as leis de execução orçamentária?

Por qual razão Lira e seus colegas insistem em ocultar informações elementares?

Por que eles querem esconder o nome do/a parlamentar que direciona dinheiro do orçamento nacional e para qual finalidade?

Por que esse medo com a transparência na execução do gasto público?

Será por alguma má intenção?

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Last Update: 27/12/2024