Relatório do Fórum Econômico Mundial divulgado nesta quarta-feira (19) revela que o Brasil é o 12º país do mundo e primeiro da América Latina mais bem preparado para a transição energética, necessária para conter os efeitos das alterações climáticas. Está à frente de países como China (17º), Estados Unidos (19º), Japão (26º) e Itália (41º). Os índices levam em conta um ranking com lista de 120 países que recebem pontuações em 46 indicadores.

Com nota estabelecida de zero a 100, a média global ficou em 56,5 pontos e o Brasil atingiu 65,7. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Espen Mehlum, diretor de inteligência de transição energética e aceleração regional do Fórum Econômico Mundial, destacou diferenciais do Brasil que contribuem para esta posição: “93% da matriz energética renováveis, investimento de décadas em biocombustíveis, força das instituições e a maneira como trabalham de forma conjunta”.

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Para Espen Mehlum “no centro desse movimento há a necessidade de entregar, ao mesmo tempo, sustentabilidade, equidade e segurança para o sistema de energia. E o Brasil tem sido um líder tanto na América Latina quanto globalmente”. Afirma, ainda, que o país pode ajudar a “direcionar o mundo para um futuro energético mais sustentável, igual e seguro”.

O Brasil, destaca Espen “mostrou o caminho de que grandes programas como o Luz Para Todos podem fazer a diferença, além de estar desempenhando um papel muito importante internacionalmente neste e no próximo ano. Estará sediando a reunião do G20, a reunião Ministerial de Energia Limpa, e a reunião da COP-30 [30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas] no próximo ano [em Belém (PA)]”.

Compromisso assumido com a transição energética, recentemente, o governo anunciou a projeção de investimentos no setor de energias renováveis. São mais de R$ 200 bilhões até 2028. Já no primeiro ano do terceiro governo Lula, em 2023, segundo o Ministério de Minas e Energia, o país investiu $ 34,8 bilhões em transição energética, o que abrange iniciativas em energia renovável, captura de carbono, hidrogênio verde e veículos elétricos.

Transição Energética também foi tema da reunião entre o presidente Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o diretor executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol. Ele ofereceu apoio da AIE ao Brasil na organização do  e da , a ser realizada em Belém do Pará, em 2025. A inclusão social como fator importante nesse processo de transição também foi tema de discussão.

O diretor-executivo da AIE ressaltou a importância da visão do Brasil na área de energia, que entende a transição energética como ferramenta para promoção de uma maior inclusão social. Tanto o governo brasileiro quanto a AIE consideram fundamental que a inclusão, bem como as condições dos países de renda mais baixa, seja considerada na agenda de transição energética.

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Da Redação, com Folha de S. Paulo

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Última Atualização: 01/07/2024