Sob o pretexto de atacar rebeldes Houthis, Israel bombardeou um aeroporto no Iêmen e quase atingiu o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Yared Adhanom Ghebreyesus. Ele escapou por pouco da ofensiva ao aeroporto internacional de Sanaã, capital do país, nesta quinta-feira (26).
O ataque, que deixou pelo menos duas pessoas mortas e 11 feridas, ocorreu enquanto o Adhanom se preparava para deixar o país após uma missão humanitária.
“Estávamos prestes a embarcar em nosso voo de Sanaa quando o aeroporto foi bombardeado”, detalhou ele em comunicado. “Um dos tripulantes do nosso avião ficou ferido. Pelo menos duas pessoas foram mortas no aeroporto. A torre de controle de tráfego aéreo, a sala de embarque — a poucos metros de onde estávamos — e a pista foram danificadas”.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, justificou o ataque alegando que os alvos eram posições dos rebeldes Houthis, grupo xiita financiado pelo Irã e que controla a capital iemenita. Além do aeroporto, portos e uma estação de energia também foram atingidos.
A escalada da violência no Iêmen ocorre em meio à intensificação do conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza.
🔴 Ataque da Força Aérea Israelense contra o Aeroporto Internacional de Sanaa, controlado pelos Houthis, no Iêmen, há pouco. pic.twitter.com/4x78nEu0px
— Mundo News (@Mundo__News) December 26, 2024
As respostas dos Houthis ao genocídio de palestinos começaram em outubro, quando o grupo disparou um míssil contra o centro de Israel, um acontecimento raro desde o início da guerra em Gaza.
O projétil atravessou o território israelense e caiu em uma área aberta, sem causar feridos, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI). O som de explosões foi ouvido na região, e as FDI confirmaram que se tratava de interceptações militares.
Segundo a CNN, a estação de trem em Modi’in, cidade entre Tel Aviv e Jerusalém, foi um dos locais afetados, com vidros quebrados e grandes nuvens de fumaça, conforme vídeos compartilhados pela Autoridade de Bombeiros de Israel.
Na ocasião, o porta-voz dos Houthis confirmou o ataque em vídeo, alegando o uso de um “novo míssil balístico hipersônico”. Segundo ele, o míssil percorreu cerca de 2 mil quilômetros em 11 minutos, sem ser interceptado por Israel. “Israel deveria esperar mais ataques”, alertou.
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