Um grupo de jornalistas palestinos morreu em um ataque aéreo de Israel enquanto dormiam em um caminhão de transmissão sinalizado como imprensa. Eles estavam aguardando o desenrolar das negociações de libertação de reféns, além da possibilidade de anúncio de cessar-fogo, que está em impasse.
Faisal Abu al-Qumsan, Ayman al-Jadi, Ibrahim al-Sheikh Khalil, Fadi Hassouna e Mohammed al-Lada trabalhavam no Al-Quds Today, um canal de televisão afiliado à Jihad Islâmica Palestina, um grupo militante menor que luta ao lado do Hamas.
Outras 16 pessoas foram mortas em outros ataques israelenses antes do amanhecer em todo o território, disse o ministério da saúde local.
Mais uma vez, os militares de Israel justificaram o ataque a uma célula terrorista da Jihad Islâmica no seu interior, além de informar que tomaram medidas para mitigar o risco de ferir civis.
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas Palestinos, 195 profissionais foram mortos desde outubro de 2023, enquanto outros 400 ficaram feridos desde o início da guerra em Gaza.
Cessar-fogo
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que houve algum progresso nas negociações pela liberação dos reféns que seguem detidos com o grupo palestino Hamas, em meio à retomada das negociações nos últimos dias.
As conversas mediadas pelo Egito, Catar e Estados Unidos para encerrar os combates e libertar os reféns ganhou força em dezembro.
No entanto, dois dias depois, autoridades palestinas e israelenses trocaram acusações de retrocesso nas negociações.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas de voltar atrás em pontos já acordados, com o deslocamento de prisioneiros.
O grupo militante respondeu que estava demonstrando flexibilidade para que as negociações mediadas pelo Catar e Egito continuassem em uma direção séria.
Apesar dos esforços de mediadores dos Estados Unidos, Catar e Egito, o cessar-fogo ainda não foi acordado. Enquanto isso, Israel segue atacando os palestinos, com ataques em escolas, a jornalistas e a civis, especialmente mulheres e crianças.
Desde o início do conflito, mais de 45.200 palestinos foram mortos, além de milhares de feridos e deslocados. A maior parte da população de 2,3 milhões de palestinos foi forçada a deixar suas casas.
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