Nessa segunda-feira (23), o ministro de Segurança de Israel, Israel Katz, confirmou, pela primeira vez, que Israel foi responsável pelo assassinato do líder do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Ismail Hanié, em Teerã, capital do Irã, em 31 de julho deste ano.
Durante seu discurso, Katz também fez uma advertência à resistência iemenita, que recentemente lançou ataques com mísseis contra Israel.
“Nestes dias, quando a organização terrorista Huti está disparando mísseis contra Israel. Quero transmitir uma mensagem clara para eles: derrotamos o Hamas, derrotamos o Hesbolá, cegamos os sistemas de defesa no Irã e danificamos os sistemas de produção de mísseis, derrubamos o regime de Assad na Síria, desferimos golpes pesados no Eixo do Mal e também atacaremos severamente a organização terrorista Huti no Iêmen, que ainda é a última a permanecer de pé.”
Embora Israel não tenha estado diretamente envolvido na queda do governo Assad na Síria, Katz observou que os ataques israelenses desempenharam um papel na facilitação da desestabilização do regime sírio.
Dirigindo-se à resistência iemenita, Katz ainda afirmou: “nós vamos atacar a infraestrutura estratégica do Ansar Allah e decapitar seus líderes. Assim como fizemos com Hanié, Sinuar e Nasseralá, em Teerã, Gaza e no Líbano – faremos em Hodeidah e Sanaa”.
Katz concluiu seu discurso reafirmando a determinação de Israel em responder a qualquer ato de resistência: “Quem levantar a mão contra Israel terá a mão cortada, e o longo braço [das Forças de Ocupação de Israel] os atingirá e acertará as contas”.
Mais cedo, o porta-voz das Forças Armadas Iemenitas, Yahya Saree, havia anunciado que o Exército atacou dois alvos militares israelenses: um em Telavive e outro em Askalan. Saree enfatizou que as operações ocorreram em solidariedade ao povo palestino e sua resistência, e como resposta aos massacres cometidos contra civis em Gaza. Elas fazem parte da quinta fase da campanha contra a ocupação israelense e como retaliação à agressão israelense contínua contra o Iêmen.