Diz o Evangelho de São Mateus, 1:17-18:
Então se cumpriu o que estava anunciado pelo profeta Jeremias que diz: Em Ramá se ouviu um clamor, um choro, e um grande lamento: Vinha a ser Raquel chorando a seus filhos, sem admitir consolação pela falta deles.
E Jeremias 31:16 diz: cesse já do choro a tua voz, e de verterem lágrimas os teus olhos: porque… eles voltarão da terra do inimigo.
Essa é a profecia.
O contexto é o seguinte: Em são Mateus, o rei da Judeia, Herodes, manda matar os recém-nascidos, pois fora anunciado a vinda do rei dos judeus, o Cristo. E o Evangelista alude a Jeremias que usara a imagem de Raquel, mãe das tribos, saindo da sepultura para chorar pelos filhos, os israelitas, capturados e mandados para o cativeiro na Babilônia.
Hoje, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaça Rafá, dando sequência a seu plano de eliminar os inocentes. Quantas crianças já não foram mortas em Gaza? O plano é matar mulheres e crianças para que a população não volta a se reproduzir e, aos que sobreviverem, mandá-los para o Egito.
Mas, de acordo com as escrituras, foi do Egito que voltou o rei dos judeus.
Essa é a profecia.
Mas, deixando o misticismo de lado, uma coisa é certa: os palestinos voltarão à sua terra. Pois aquela terra não é de ninguém. É de quem a habita, não é patrimônio de uma raça. Além disso, os judeus que a invadiram não são os judeus bíblicos. Isso é apenas um disfarce. São europeus, de cabelos e olhos claros, advindos do norte da Europa. A eles a terra foi dada não por Deus, mas por Jorge VI, do Reino Unido.
Israel é um Estado-tampão, ali colocado para controlar o domínio das nações imperialistas sobre o petróleo do Oriente Médio. Fortemente provisionado pelos Estados Unidos e outras nações com armamentos e propaganda.
Palestinos vivem hoje em guetos em 58 campos de refugiados, inclusive em Gaza e Jerusalém Oriental. Quase seis milhões são os refugiados palestinos. Israel, por sua vez, tem pouco mais de 9 milhões de habitantes. Mais de um milhão e 600 mil, vivem em Israel. E todos eles têm uma coisa em comum: despeito a Israel.
Mas não são apenas eles: sírios, libaneses, iraquianos, iranianos, sauditas, iemenitas, cataris e outros.
Os palestinos voltarão à sua terra. Essa é a profecia.
Israel está condenado. As nações imperialistas correm contra o tempo e buscam, açodadamente, impor a Israel a “solução de dois Estados”, solução esta que os palestinos não estão dispostos a aceitar, visto que não teriam autonomia, pois seria um Estado desarmado, sem exército, sujeito sempre à supremacia militar e econômica de Israel.
A “solução de dois Estados não é solução”. A única solução viável é a extinção de Israel e do Estado judeu. Em lugar dele, teríamos um Estado multiétnico onde viveriam judeus, árabes, cristãos, e quem lá quisesse e pudesse habitar. O problema seria o ódio que, durante décadas, foi ali sendo gestado. Mas o ódio, assim como o amor, é passageiro.