O Papa Francisco inaugurou o Jubileu de 2025, conhecido como “Ano Santo”, em cerimônia realizada na terça-feira (24). O evento marca uma grande peregrinação internacional, que deve atrair mais de 30 milhões de fiéis de todo o mundo para Roma.
A solenidade ocorreu na véspera de Natal, na presença de cerca de 30 mil pessoas, com transmissão global. O pontífice, sentado em sua cadeira de rodas devido a problemas de saúde, abriu a imponente Porta Santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Essa ação simbólica marca o início oficial do Jubileu, oferecendo aos peregrinos a oportunidade de atravessar a porta para receber a “indulgência plenária”, o perdão total dos pecados, segundo a tradição católica. Os sinos da basílica tocaram enquanto Francisco, seguido por uma procissão, entrou na igreja monumental.
Na celebração da tradicional Missa do Galo, o Papa Francisco destacou em sua homilia o sofrimento causado por guerras, com menções indiretas aos conflitos no Oriente Médio. “Pensemos nas guerras, nas crianças metralhadas, nas bombas sobre escolas e hospitais”, declarou, em alusão aos recentes bombardeios em Gaza.
Nesta quarta-feira (25), Francisco deve renovar seu apelo por um cessar-fogo global durante a bênção “urbi et orbi” (para a cidade e o mundo). Na quinta-feira (26), como parte de seu compromisso com os marginalizados, ele presidirá uma missa na prisão de Rebibbia, em Roma.
Após o atentado recente em um mercado natalino na Alemanha, a segurança foi intensificada no Vaticano, com o envio de 700 agentes adicionais para Roma. A cidade também passou por extensas reformas em preparação para o Jubileu. Monumentos históricos, como a Fontana di Trevi, foram restaurados, e um novo túnel próximo ao Castelo Sant’Angelo foi inaugurado.
O Jubileu deste ano apresenta iniciativas modernas, incluindo um aplicativo de smartphone em seis idiomas que oferece mapas interativos, horários e informações práticas. Outra novidade é a mascote oficial do evento, chamada Luce (“luz” em latim), inspirada na cultura pop mangá.
O Jubileu é celebrado pela Igreja Católica a cada 25 anos, sendo um período de penitência e conversão para os fiéis. O último Jubileu ordinário, em 2000, durante o pontificado de João Paulo II, reuniu 25 milhões de pessoas.