O Brasil tem 727 pontes em condições estruturais críticas ou ruins, de acordo com dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) atualizados até maio de 2023. Esse número inclui 130 pontes na pior classificação possível e 597 consideradas em estado ruim.
O levantamento destaca a fragilidade da infraestrutura nacional, principalmente após a queda da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira entre Tocantins e Maranhão.
A ponte que desabou estava classificada como “ruim” pelo Dnit, um nível que indica problemas estruturais que demandam atenção prioritária. Esses problemas podem incluir fissuras, falhas nos pilares e desgaste em juntas de dilatação. No total, o órgão é responsável por 5.827 pontes no Brasil, sendo que 12,5% delas apresentam alguma classificação de risco.
Entre os estados com maior número de pontes em situação crítica ou ruim, destacam-se Minas Gerais (22 estruturas críticas), Bahia (18) e Ceará (16). A categoria regular, que indica condições intermediárias, abrange 1.538 pontes, enquanto apenas 67 estão no nível mais alto de qualidade. Além disso, 1.275 pontes têm situação “não definida” pelo órgão.
Após a queda da ponte Juscelino Kubitscheck, o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que uma sindicância será aberta para apurar as causas e responsabilidades. Provisoriamente, balsas foram disponibilizadas para a travessia de pedestres e veículos entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), enquanto caminhões precisarão seguir por rotas alternativas.
A ponte desabada fazia parte da Transamazônica (BR-230), uma das principais vias de conexão entre o Nordeste e a Amazônia. Nas proximidades, estão a Ponte Ferroviária do Estreito, que integra a Ferrovia Norte-Sul, e a usina hidrelétrica de Estreito.
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