Nos últimos dois anos, um dos pilares centrais do projeto de reconstrução nacional encampado pelo governo Lula, o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), tem avançado a passos largos na redução das desigualdades regionais e na promoção do desenvolvimento sustentável do país. Com um investimento previsto de R$ 1,8 trilhão em todos os estados do Brasil, sendo R$ 1,3 trilhão até 2026, o ambicioso programa é coordenado pelo governo federal em parceria com o setor privado, estados, municípios e movimentos sociais.
O Novo PAC é estruturado em nove eixos de investimento, que abrangem áreas estratégicas: Transporte Eficiente e Sustentável; Cidades Sustentáveis e Resilientes; Água para Todos; Educação, Ciência e Tecnologia; Saúde; Infraestrutura Social Inclusiva; Transição e Segurança Energética; Inclusão Digital e Conectividade e Inovação para a Indústria da Defesa.
Integrados, os eixos visam não apenas modernizar a infraestrutura do país, mas também garantir que o crescimento econômico seja inclusivo e sustentável. O compromisso com a transição ecológica e a neoindustrialização é evidente em projetos fundamentais para a soberania do país, como o FPSO Almirante Tamandaré, um navio-plataforma no pré-sal da Bacia de Santos, que, com um investimento de R$ 45 bilhões, está projetado para gerar um retorno de R$ 36 bilhões por ano ao Brasil.
O navio-plataforma é projetado para produzir 225 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás natural. O projeto já criou mais de 3.800 empregos diretos e indiretos e continuará a sustentar 1.000 empregos durante a vida útil de 25 anos do empreendimento.
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Minha Casa, Minha Vida
Um dos destaques do Novo PAC é o programa Minha Casa, Minha Vida, que já superou a meta inicial ao contratar 1,218 milhão de novas moradias. A expectativa é alcançar 2 milhões de contratações até 2026, proporcionando moradia digna a milhões de brasileiros e estimulando o setor da construção civil. O esforço não apenas melhora a qualidade de vida, mas também gera empregos, contribuindo significativamente para a economia nacional.
O setor de construção civil, por exemplo, experimentou um crescimento expressivo de 4,1% em 2024, impulsionado pelo impacto positivo do Novo PAC. O programa tem sido um catalisador crucial para o desenvolvimento do setor, atraindo investimentos ao setor de habitação. Projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) indicam que, em 2025, o setor deverá continuar a trajetória ascendente, com uma expectativa de crescimento adicional de 2,3%, de acordo com o relatório “Desempenho da Construção Civil em 2024 e Perspectivas para 2025”.
Infraestrutura de Transporte e Redução de Custos
O programa também marca um novo ciclo de desenvolvimento na infraestrutura de transportes. Desde 2023, foram realizados nove leilões rodoviários, que prometem mais de R$ 111 bilhões em investimentos para modernizar as estradas brasileiras. O objetivo é tornar o deslocamento mais acessível, como demonstrado no recente leilão das rodovias integradas do Paraná.
No estado, a tarifa média caiu de R$ 25 para R$ 10 por 100 quilômetros, representando um desconto de 70%. A melhoria da infraestrutura é estratégica para o processo de reindustrialização do país e dinamização das cadeias produtivas, fortalecendo a competitividade do Brasil no cenário internacional.
Educação e Formação Técnica
Na área da educação, o Novo PAC prevê a criação de 100 novos campi de Institutos Federais, somando-se às 682 unidades já existentes, com um investimento de R$ 2,5 bilhões. A ampliação visa gerar 140 mil novas matrículas, fortalecendo a educação técnica e superior em todo o país.
Além disso, R$ 5,5 bilhões estão destinados à expansão das universidades federais, incluindo a instalação de novos campi e a melhoria da infraestrutura existente.
PAC Seleções
O Novo PAC também introduziu o PAC Seleções, uma inovadora plataforma que permite a cidades e estados apresentarem as principais necessidades e prioridades para a população. O programa identifica e prioriza projetos que atendam diretamente às demandas locais, promovendo um desenvolvimento mais equilibrado e inclusivo em todo o país. Lançado em setembro de 2023, logo após o Novo PAC, o PAC Seleções complementa as obras já anunciadas pelo governo Lula, garantindo que os investimentos sejam direcionados de forma mais eficiente para áreas que realmente necessitam de melhorias.
Através do PAC Seleções, o governo fortalece parcerias com o setor privado, estados, municípios e movimentos sociais, assegurando que os recursos sejam aplicados em projetos que gerem emprego e renda e promovam a sustentabilidade ambiental. A abordagem colaborativa do modo petista de governar não só dinamiza as cadeias produtivas locais, mas também reforça o compromisso do governo com a transição ecológica e a neoindustrialização, pilares fundamentais para o crescimento sustentável do Brasil.
Em julho deste ano, o presidente Lula celebrou os resultados do PAC Seleções, destacando seu papel crucial na melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. O programa garante R$ 41,7 bilhões a empreendimentos inscritos por estados e municípios, com uma previsão de gerar mais de 535 mil empregos diretos nos próximos anos. Segundo a Casa Civil, foram selecionados 899 empreendimentos propostos pelas 27 unidades da federação, 488 municípios e 1 consórcio, todos integrando os investimentos do Novo PAC.
“Nós queremos compartilhar. Nós não queremos chegar a dizer que o governo federal está fazendo uma obra no estado de Pernambuco. Não. Nós queremos dizer que o governo federal, em parceria com o governo do Estado, em parceria com os municípios, estão fazendo tal coisa por respeito ao povo”, afirmou Lula, na ocasião.
Com investimentos significativos e resultados concretos, o Novo PAC se consolida como um motor de transformação e esperança para o Brasil.
Da Redação, com Casa Civil e Agência Gov