Nesse domingo (22), em discurso perante manifestantes insurrectos, a chefe de Estado reiterou que não pretende abandonar o cargo após a cerimônia de posse do novo líder, marcada para 29 de dezembro. Salome Zourabichvili, que é uma agente do imperialismo dentro do Estado georgiano, tendo inclusive cidadania francesa, faz parte da oposição derrotada nas eleições parlamentares de 26 de outubro de 2024. Desde então, tem liderado a tentativa de golpe de Estado na Geórgia, que ocorre sob a forma de uma revolução colorida.
No 25º dia das manifestações insurrectas, Zourabichvili fez um discurso cínico perante os manifestantes concentrados em frente ao parlamento, afirmando que continua “leal ao país, à constituição, sobre a qual fiz um juramento há seis anos”, e “ao exército, que por sua vez é leal aos parceiros que criaram, armaram e fortaleceram o Exército Georgiano. Sou e continuarei sendo seu comandante-chefe”. Com isso, exigiu que novas eleições sejam anunciadas até o dia 29 de dezembro, quando o novo líder, Mikhail Kavelashvili, será empossado.
Diante das ações ilegais de Zourabichvili, que age a serviço do imperialismo, o primeiro-ministro Irakli Kobakhidze declarou que ela pode ser alvo de processo criminal, que pode resultar em prisão, caso se recuse a deixar o cargo e use do mesmo para anunciar novas eleições. Esse alerta também foi feito aos seus apoiadores insurrectos: “Ninguém quer colocar uma mulher de 72 anos na prisão, mas com tal atitude ela colocaria todas aquelas pessoas que a apoiariam em tal cenário”, declarou Kobakhidze.
O governo da Geórgia, liderado pelo partido Sonho Georgiano, vem sendo alvo de uma tentativa de golpe de Estado, na forma de revolução colorida, há quase dois meses, em razão de se distanciar do bloco imperialista e se aproximar da Rússia.