O policial civil Rogério de Almeida Silva, citado na delação de Antônio Vinícius Gritzbach e considerado foragido desde o último dia 17, foi preso nesta segunda-feira (23), após se entregar em Santos, no litoral de São Paulo. Silva será transferido para a Corregedoria da Polícia Civil, na capital paulista. Com informações da Folha de S.Paulo.
Segundo nota oficial da Secretaria de Segurança Pública (SSP), sob gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), Silva decidiu se apresentar à justiça após um acordo com sua defesa. Ele compareceu à sede do Deinter 6 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior).
A defesa de Silva declarou que ele estava de férias desde o dia 17 de dezembro e reforçou a disposição do policial em colaborar plenamente com as investigações: “A defesa reitera sua confiança na Justiça e acredita que a liberdade de Rogério [Silva] será brevemente estabelecida, uma vez que sua conduta sempre foi pautada pela transparência e colaboração com as instituições”.
Rogério Silva é um dos investigados pela Operação Tacitus, deflagrada no último dia 17 pela Polícia Federal (PF) em conjunto com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público. A operação visava desarticular uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e possíveis conexões com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
A ação resultou na prisão de sete pessoas, incluindo o delegado do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa), Fábio Baena Martin, que já estava afastado de suas funções, e os investigadores Eduardo Lopes Monteiro e Marcelo Ruggieri. Todos foram citados na delação de Gritzbach, que foi assassinado em novembro ao sair do aeroporto de Guarulhos.
Além de Baena, foram presos:
Marcelo Marques de Souza, policial civil conhecido como Bombom;
Ahmed Hassan, advogado;
Robinson Granger de Moura, empresário apelidado de Molly;
Ademir Pereira Andrade.
Baena foi acusado pelo delator de práticas como extorsão e roubo durante investigações relacionadas ao homicídio de Anselmo Becheli Santa, o Cara Preta, e de seu motorista, Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. Ambos tinham vínculos com o crime organizado na zona leste de São Paulo.
Ainda segundo Gritzbach, membros da equipe de Baena, incluindo Silva, se apropriaram de um imóvel no interior paulista comprado pelo delator. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, o documento de compra e venda do imóvel foi confiscado e, supostamente, utilizado para pressionar o antigo proprietário a transferir a posse para uma pessoa ligada aos policiais.
A defesa de Baena e Monteiro classificou as prisões como arbitrárias e desqualificou a delação de Gritzbach, afirmando tratar-se da “palavra pueril de um mitômano, sem qualquer elemento novo de prova”.
Conheça as redes sociais do DCM:
⚪️Facebook: https://www.facebook.com/diariodocentrodomundo
🟣Threads: https://www.threads.net/@dcm_on_line