De acordo com o último levantamento realizado pelo instituto de pesquisas Datafolha, cerca de 51% da população brasileira acima dos 16 anos, relatam sentir mais receio do que confiança na polícia.
A pesquisa que foi divulgada neste último domingo (21) também mostra que os demais – 46% – afirmam confiar mais na polícia do que receá-la.
O instituto relatou ter entrevistado 2.002 pessoas, a partir de seus 16 anos, em 113 municípios, entre 12 e 13 de dezembro deste ano, podendo ter uma margem de erro de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Os dados estratificados mostram que o receio em relação às autoridades é maior entre mulheres (56%) do que entre homens (52%). No quesito cor de pele, 59% dos que se declaram pretos dizem recear mais do que confiar na política, enquanto entre brancos esse índice é de 45%.
Os eleitores do presidente Lula (58%), sentem mais receio da polícia do que os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (40%). A margem de erro nesses segmentos pode variar de 3 a 5 pontos percentuais.
Na relação de pessoas que confiam na equipe policial, os números mais altos aparecem entre os homens, com 52%, contra 40% entre as mulheres. Outro número alto que podemos destacar, apareceu entre moradores da região Sul, com 57%. As margens de erro nesses segmentos variam de três a seis pontos.
Essa pesquisa é divulgada justamente em meio a um momento delicado na região de São Paulo, que nas últimas semanas vem enfrentando uma sequência de casos de violência policial.
Como o caso do policial que foi flagrado por gravações no momento em que jogava um homem em um córrego na Cidade Ademar, na zona sul da capital paulista. Ou quando um PM matou um estudante de medicina com um tiro dentro de um hotel na Vila Mariana, também na zona sul. Também podemos citar o caso do policial de folga que matou um rapaz de 26 anos com 11 tiros no Jardim Prudência, na zona sul.
Também de acordo com informações do Datafolha, cerca de 63% da população entrevistada afirma estar ciente sobre os casos de violência policial em São Paulo – 34% deles se denominam como bem informados; 25%, mais ou menos informados, e apenas 4%, mal informados. E também existe a parcela de 37% que declarou não ter conhecimento algum sobre os casos – entre os que têm 16 a 24 anos, o índice sobe para 56%.
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