O Partido da Causa Operária (PCO) está organizando o seu tradicional Réveillon Vermelho, uma celebração que, em 2024, promete ser marcada por uma emocionante homenagem à luta do povo sírio. A festa, que acontece no Buffet Mediterrâneo, no bairro paulistano do Ipiranga, é um momento de confraternização entre militantes e simpatizantes do partido, mas também um espaço para reforçar a solidariedade internacional às causas fundamentais para o movimento operário e de todos os trabalhadores do mundo.
A decisão de homenagear a Síria este ano, assim como ocorreu em 2023, reflete o compromisso histórico do PCO com a luta dos povos oprimidos contra o imperialismo. A resistência heroica do Exército Sírio em outubro de 2023 acendeu a chama dos trabalhadores de todo o mundo para se levantarem de armas na mão, sobretudo nos países árabes.
A programação da noite incluirá discursos políticos destacando os feitos da resistência síria, além de apresentações culturais e musicais que buscarão conectar os convidados com a luta protagonizada por todo um povo. Um dos momentos mais esperados será a execução de canções populares sírias pela banda Revolução Permanente, composta por militantes do partido, que também apresentará seu repertório clássico de músicas revolucionárias. No último ano, a banda estreou no Réveillon Vermelho uma versão traduzida da música Rossa Síria, tradicional canção italiana do Partido Comunista da Itália e que defende a luta do povo sírio com armas nas mãos, das crianças às mulheres, contra o inimigo imperialista.
Como já é tradição, o Réveillon Vermelho é mais que uma festa política: é também um banquete gastronômico. Neste ano, o cardápio foi cuidadosamente elaborado para refletir o esmero e o cuidado em oferecer uma experiência única aos participantes. Os convidados serão recebidos com uma taça de champanhe como bebida de boas-vindas, simbolizando o clima de celebração e unidade. O couvert inicial contará com grissinis, mini pães artesanais e pastas sofisticadas, como alho-poró e gorgonzola, além de geleias artesanais. Salgados de forno e canapés, incluindo opções como bobó de camarão e risoto de funghi, estarão à disposição, enquanto o jantar principal apresentará pratos como tornedor e medalhão de filé ao molho roquefort, acompanhados de arroz com passas e amêndoas. Para adoçar a noite, a mesa de sobremesas será um verdadeiro espetáculo, com cheesecake de morango, torta de chocolate amargo e bombons finos. Uma mesa de encerramento com cafés e chás garantirá um final elegante e acolhedor para a celebração.
O Réveillon Vermelho é realizado há mais de uma década e se inspira em práticas históricas do movimento operário. Eventos semelhantes eram organizados no final do século XIX pelo Partido Social-Democrata (SPD) da Alemanha, liderado por figuras como Rosa Luxemburgo. Essas festas de ano novo tinham como objetivo unir a classe trabalhadora em momentos de celebração e luta, promovendo a confraternização e a solidariedade. Essa tradição também resgata momentos históricos como o réveillon de Karl Marx em 1847, celebrado junto às associações de trabalhadores em Paris. Para o PCO, organizar um evento dessa magnitude é reafirmar que a classe operária tem o direito de celebrar com sofisticação e qualidade, em oposição às críticas que rotulam a festa como “esquerda caviar”.
As apresentações musicais são um dos pontos altos do evento. Além das canções sírias, a banda Revolução Permanente trará músicas de compositores como Geraldo Vandré, Chico Buarque e Pablo Milanés, além de canções próprias adaptadas de poesias nacionais. A programação musical reforça o compromisso do PCO com a difusão da cultura popular e revolucionária. Nos anos anteriores, artistas como o grupo Raíces de América marcaram presença, enquanto edições mais recentes destacaram o talento de militantes do partido.
Além do caráter festivo, o Réveillon Vermelho também cumpre um papel político essencial. O evento serve para arrecadar fundos que financiam as atividades do partido ao longo do ano, fortalecendo a luta contra o imperialismo e em defesa da classe trabalhadora.
A homenagem à Síria este ano é uma forma de reafirmar a solidariedade com um povo que enfrenta desafios diários em sua luta por autodeterminação e reforçar a defesa de sua luta, do dia 1 até o dia 365 do ano. Aos companheiros presentes na festa de fim de ano, o ano terá iniciado e terminado com uma homenagem e saudação àqueles que lutam de armas na mão.
O convite para o evento inclui acesso a um open bar com drinques variados e uma ceia especial, além de uma experiência que vai muito além do entretenimento. O Réveillon Vermelho representa a união entre cultura, história e luta, oferecendo um espaço único para celebrar a chegada de um novo ano com esperança e luta.