A Polícia Federal (PF), segundo informações do TV Pop, está investigando o programa Pânico, da Jovem Pan, e seu apresentador, Leonardo Silva, por suposta homofobia contra o jornalista Marcelo Cosme, da Globo.
A denúncia, feita em agosto ao Ministério Público por Amanda Paschoal, ativista LGBTQIA+, refere-se a uma imitação de Cosme durante a edição do dia 23 de julho, considerada discriminatória.
Na ocasião, Leonardo ironizou supostos trejeitos do jornalista, dizendo: “Eu vou assim bem gostosamente, no passo assim, bem Caetano Veloso, bem GloboNews”.
“Como é que chama aquele cara que faz aquele programa a noite?”, continua Leonardo. Os demais participantes do programa, na ocasião, riem e citam o nome de Marcelo.
“Como é mesmo o nome daquele cara que apresenta o programa à noite?”, questiona Leonardo. Os demais integrantes do programa riem e mencionam o nome de Marcelo.
Jovem Pan pede desculpas por imitação hOm0f0b1c@ de Marcelo Cosme da GloboNews! #jovempan #bolsonaro #lula #bolsonaristas #emiliosurita #globonews #marcelocosme 🎥JOVEM PAN pic.twitter.com/ZJuyWXna1l
— Pop Top Brasil (@PopTopBrasil) July 25, 2024
Após isso, Cosme reagiu com indignação e destacou os danos da discriminação: “Não podemos normalizar o preconceito, seja LGBTfobia, racismo ou machismo. A diversão de alguns pode incentivar ataques violentos. Precisamos evoluir e ver o crime como crime”. O jornalista recebeu apoio público de colegas e instituições ligadas à causa LGBTQIA+.
Histórico
Além deste episódio, o histórico do Pânico pesa contra a Jovem Pan. Em 2019, o programa foi denunciado por conteúdo considerado homofóbico envolvendo o comediante Gustavo Mendes. Na época, as acusações não avançaram, pois o Supremo Tribunal Federal só passou a reconhecer crimes de homofobia como injúria racial em 2023.
Amanda Paschoal, autora da denúncia, Marcelo Cosme e Leonardo Silva já prestaram depoimento à Polícia Federal. O delegado Renato Pereira de Oliveira abriu um inquérito para investigar o caso sob o artigo 20 da Lei 7.716, de 1989, que trata de crimes de racismo e suas equivalências, como a LGBTfobia.
Conheça as redes sociais do DCM: