A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrariamente à soltura do general Walter Braga Netto para o Supremo Tribunal Federal (STF), na última sexta-feira (20). Em parecer enviado à Corte, a manifestação ocorre após o pedido da defesa para revogar a prisão.

O general atuou para descobrir informações da delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. A prisão foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre o planejamento de golpe de Estado, no último dia 14.

De acordo com o procurador-geral, Paulo Gonet, as razões que fundamentaram a prisão continuam válidas, pois as medidas cautelares não foram suficientes para a garantia da ordem pública. Isto porque Braga Netto tentou interceptar as informações da Polícia Federal no curso das investigações.

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“As tentativas do investigado de embaraçar a investigação em curso denotam a imprescindibilidade da medida extrema, dado que somente a segregação do agravante poderá garantir a cessação da prática de obstrução. O quadro fático denota, assim, risco de continuidade delitiva por parte do investigado, o que traz à espécie o elemento de contemporaneidade”, afirmou o procurador no parecer.

Braga Netto é o primeiro general quatro estrelas preso na história do país.

*Com informações

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Last Update: 21/12/2024