O procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não vão descansar. Ambos continuarão trabalhando durante o recesso judiciário e, com isso, cresce a expectativa de apresentação das denúncias contra Jair Bolsonaro.
Ambos estarão trabalhando em janeiro, em plenas férias coletivas do Supremo Tribunal Federal (STF), e Gonet irá dar continuidade à análise do inquérito da Polícia Federal de tentativa de golpe de Estado pelo ex-mandatário.
A ação já é considerada prioridade dentro do gabinete do PGR. De acordo com a colunista Andreia Sadi, há uma expectativa de que denúncias sejam apresentadas no caso ainda em janeiro, denunciando Bolsonaro e mais 39 acusados.
A espera pela denúncia de Jair Bolsonaro ficou mais iminente após a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, ex-candidato a vice de sua chapa à tentativa de reeleição e braço direito do político.
Braga Netto foi preso no dia 14 de dezembro e, após a prisão, as ações que envolvem o investigado devem ser tratadas de maneira célere, para respeitar o devido processo legal.
Já o ministro Alexandre de Moraes, que é relator desta e de outras ações contra Jair Bolsonaro, membros do ex-governo e seus aliados, não irá tirar o recesso, como de praxe.
O ministro não tirar férias coletivas desde 2019 e encaminha ofícios à Presidência da Corte informando que trabalha no período.
Dessa forma, se Gonet apresentar denúncias contra Jair Bolsonaro e outros de relatoria de Moraes, ele poderá julgar ainda no início de janeiro.