O senador Hamilton Mourão (Republicanos) usou a tribuna do Senado para criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), acusando a Corte de perseguir “quem se atreve a ser de direita”. Com informações do Globo.
“No Brasil, o Estado de Direito se tornou um Estado de juristas ou até mesmo uma ditadura da toga”, declarou Mourão, que foi vice-presidente de Jair Bolsonaro.
Em seu discurso, Mourão afirmou que o Estado democrático de Direito estaria em “franca degeneração”, responsabilizando os ministros do Supremo. “Os próprios guardiões da Carta Magna não a respeitam”, disse o senador.
Mourão elogiou o general Walter Braga Netto, preso no último sábado (14) pela Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre o plano golpista. Ele descreveu Braga Netto como “um velho soldado encanecido a serviço da pátria” e criticou a prisão do militar.
“Está afastado do convívio familiar, como se fosse um perigoso meliante capaz de atentar contra a ordem pública”, afirmou Mourão.
O senador também pediu que o Senado se mobilizasse em defesa de Braga Netto, mas o apelo não gerou comoção nem entre os bolsonaristas mais fervorosos. Enquanto Mourão fazia sua defesa, a senadora Damares Alves preferiu tratar da guerra na Ucrânia, e o senador Magno Malta comentou a despedida do ex-jogador Adriano.
Mourão também anunciou que pedirá autorização ao STF para visitar Braga Netto, que está preso no Comando da 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro. A Polícia Federal indiciou Braga Netto e mais 39 pessoas no inquérito que apura o plano golpista.