O ministro da Defesa ordenou que as tropas se preparem para permanecer no Monte Hermon durante o inverno.
Ao invadir a Síria após o golpe que derrubou o governo nacionalista de Bashar al-Assad, as forças de ocupação capturaram o território das Colinas do Golã, que pertenciam à Síria, assim como aldeias e pequenas cidades nos arredores, avançando a menos de 20 km da capital, Damasco.
Um dos locais capturados foi o Monte Hermon, cujo cume atinge 2.800 metros de altura. Localizado em uma cordilheira na fronteira com o Líbano, e com partes de sua encosta situadas nas Colinas do Golã, essa montanha é o ponto mais alto da Síria e possui uma importância estratégica, segundo Efraim Inbar, diretor do Instituto de Estratégia e Segurança de Jerusalém (JISS). Ele explica que a posição tem vista para o Líbano, para a Síria, para Israel, não havendo substituto.
Na sexta-feira, Israel Katz, ministro da Defesa, emitiu ordem para que as tropas se preparem para uma ocupação prolongada da montanha, devendo permanecer no local pelo menos durante o inverno. Segundo comunicado do gabinete do ministro, “há uma enorme importância de segurança em mantermos o pico do Monte Hermon”, “devido ao que está acontecendo na Síria”. Herzi Halevi, chefe do Estado-Maior, declarou que a ocupação visa “garantir que elementos locais não estejam se movendo em nossa direção”, além de preparar uma resposta ofensiva e defensiva muito forte. No domingo, Benjamin Netaniahu, primeiro-ministro, visitou o local e declarou: “Este é um dia histórico nos anais da Ásia Ocidental”.
Não é a primeira vez que ocupa esse ponto estratégico no território sírio. A primeira ocupação ocorreu em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, e a segunda, em 1973, durante a Guerra do Yom Kippur.
Conforme noticiado, os invasores estão destruindo sistematicamente algumas áreas ocupadas, incluindo encanamentos de água potável em diversas aldeias, com o objetivo de forçar os moradores a fugir.