Emmanuel Silva, do PSTU ABC-Baixada Santista
Há um mês, a vida de Celeste Caeiro, conhecida como a ‘Dama dos Cravos’, veio a faltar, aos 91 anos. Ela ficou famosa mundialmente após ser fotografada distribuindo cravos aos soldados que se rebelavam contra o ditador Salazar, no dia 25 de abril de 1974. Essa atitude contribuiu para que o movimento revolucionário que derrubou o ditador Salazar fosse conhecido como a Revolução do Cravos.
Ela mesma contou que no dia da inauguração do restaurante onde trabalhava, o proprietário comprou cravos vermelhos e brancos para a equipe de mulheres e para os clientes. Nesse mesmo dia, houve uma rebelião dos soldados contra o ditador Salazar. O dono do restaurante cancelou a inauguração e Celeste ficou encarregada de levar os cravos para casa.
Celeste, uma militante comunista, contou que caminhava pelas ruas de Lisboa a caminho de casa com os cravos nas mãos e foi abordada por um soldado, que lhe pediu um cigarro. Como ela não tinha, resolveu dar um cravo ao jovem militar rebelado. Os outros soldados que estavam caminhando também ganharam flores e começaram a colocar os cravos na boca das metralhadoras e fuzis.
Um jornalista que estava cobrindo o processo revolucionário ao ver aquela cena fotografou e essa foto ganhou a capa dos jornais do mundo inteiro. A partir daí, os donos das floriculturas resolveram dar flores e cravos aos soldados que se rebelavam contra o ditador.
Essa atitude de Celeste se transformou em um símbolo da revolução que derrubou a ditadura em Portugal.
Queremos prestar uma homenagem a essa lutadora e dizer que a luta por uma sociedade socialista permanece viva. Celeste Caeiro: presente!
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Celeste Caeiro: presente!