O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo acolheu um recurso e decidiu, nesta terça-feira 17, reverter a cassação da candidatura e a inelegibilidade do prefeito de Campinas, Dario Saadi (Republicanos). O aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) conquistou a reeleição em outubro.
A primeira instância eleitoral havia cassado os registros de Saadi e de seu vice, Wanderley de Almeida (PSB), por abuso de poder político, no âmbito de uma ação de PT e PSOL.
A decisão original concluía que os dois se valeram de sua autoridade para utilizar recursos e bens públicos como instrumento de promoção pessoal e eleitoral, entre 16 e 25 de agosto.
Por unanimidade, porém, o TRE-SP acolheu parcialmente o recurso do prefeito e do vice. Para a relatora, Maria Cláudia Bedotti, as condutas praticadas não foram graves o suficiente para justificar a punição.
“A despeito da comprovação dos fatos que embasam a presente representação, eu entendo que o conjunto da obra não ostenta gravidade suficiente para caracterizar o uso abusivo do poder político em prejuízo da disputa eleitoral, seja sob o aspecto qualitativo, seja pelo aspecto quantitativo”, sustentou a juíza.
A Corte reconheceu, porém, ter havido utilização de locais públicos com acesso restrito para a realização de propaganda eleitoral e divulgação nas redes sociais.
Os juízes decidiram, então, manter as multas aplicadas ao prefeito, de 15.961,50 reais, e ao vice, de 5.230,50 reais.
Em nota, Dario Saadi afirmou que a Justiça “revogou qualquer tipo de dúvida” sobre o registro de sua candidatura. “A verdade sempre prevalece. Eleição se ganha no voto. No tapetão, não vale em lugar nenhum, muito menos aqui em Campinas.”