A recente negociação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia gerou insatisfação e intensas críticas, especialmente no campo progressista. Em análise publicada no , o economista Paulo Nogueira Batista Jr. classificou o acordo como um erro estratégico do governo Lula e apontou para a falta de visão na política externa brasileira.

Segundo Nogueira, o acordo, que foi herdado do governo Bolsonaro e ajustado durante a gestão atual, ainda deixa o Brasil em uma posição desfavorável. A abertura do mercado brasileiro à concorrência com empresas europeias, especialmente alemãs, ameaça expor uma indústria nacional já fragilizada por décadas de desindustrialização. Isso coloca em execução os planos de reindustrialização prometidos pelo governo, levando a um risco de “neo-desindustrialização”.

O comentarista também destacou a incoerência entre a política de reindustrialização anunciada por Lula e a assinatura de acordos que promovem uma abertura comercial excessiva. Nogueira alertou para o perigo de o Brasil ser enredado em tratados com características neoliberais ou até neocoloniais, que podem limitar as políticas econômicas do país nos próximos anos.

A esperança, segundo ele, é que países europeus, como a França, possam desbloquear a aprovação desse acordo. Caso contrário, o estágio da negociação poderá lembrar tempos coloniais, deixando o Brasil dependente de decisões externas.

Assista à análise completa de Paulo Nogueira:

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Last Update: 17/12/2024