Alexandre Silva, ex-juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, perdeu o direito a carro blindado e a segurança pessoal nesta segunda (16). Os benefícios eram bancados pela Justiça Federal e cortados por ordem de Luis Felipe Salomão, corregedor e ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Ele foi afastado de suas funções pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em fevereiro de 2023, quando foi alvo de um processo administrativo disciplinar (PAD). O corregedor avaliou que os benefícios concedidos a ele não eram mais necessários após fotos em locais públicos, como o Maracanã.
A decisão foi embasada num parecer da Polícia Federal, que mencionou idas de Silva a locais como academias de ginástica, eventos, palestras e cursos.
O PAD foi aberto no ano passado para investigar irregularidades na condução de processos comandados por ele no Rio de Janeiro. Ele foi acusado de negociar penas, ter uma atuação “político-partidária” e manter proximidade com políticos.
Uma das reclamações partiu da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e cita negociação de penas, orientação de advogados e combinação e estratégias com o Ministério Público (MP). Outra representação, do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), pede seu afastamento por suposto favorecimento a Wilson Witzel, ex-governador e ex-juiz federal.
O terceiro caso é uma reclamação disciplinar instaurada por Salomão a partir de correição extraordinária na 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Silva foi acusado de irregularidades na condução de processos a Lava Jato.
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