A inflação perdeu força em todas as faixas de renda, exceto a mais alta, durante o mês de novembro, segundo o índice de inflação por faixa de renda do Ipea.

O aumento de preço dos alimentos e bebidas afetou mais fortemente as classes de renda mais baixa, pois esses itens representam um maior percentual do gasto no orçamento.

Ao mesmo tempo, a deflação em categorias como cereais, farináceos, tubérculos e leite e derivados foi compensada pela alta das proteínas animais, como carnes e aves e ovos, além dos reajustes do óleo de soja e do café.

A melhora no desempenho do grupo “habitação”, refletindo as quedas das tarifas de energia elétrica, gerou um alívio inflacionário para todas as classes, exceto a mais alta, que foi impactada pelos reajustes de 0,57% nos planos de saúde.

A deflação dos produtos farmacêuticos e dos produtos de higiene pessoal também contribuiu negativamente para a inflação das demais faixas de renda.

Preços por faixa de renda

A análise por faixa de renda mostrou que a classe de renda muito baixa registrou a maior queda nos preços, de 0,75% em outubro para 0,26% em novembro, graças à redução da tarifa de energia elétrica.

A exceção foi a classe de renda alta, que teve uma alta de 0,27% para 0,64% de um mês para o outro, devido ao reajuste de 22,7% nas passagens aéreas.

Acumulado

No acumulado de 2024, a faixa de renda baixa registrou a maior alta inflacionária (4,5%), enquanto o segmento de renda alta registrou a taxa menos elevada (3,86%).

No acumulado de 12 meses, as famílias de renda muito baixa apresentam a taxa de inflação mais elevada (5,08%), ao passo que a faixa de renda alta tem a menor taxa de variação de preços (4,50%).

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Last Update: 16/12/2024