O Papa Francisco condenou, na segunda-feira 16, diante de representantes de instituições financeiras italianas, o sistema financeiro que “oprimia as pessoas” e pediu novamente o perdão da dívida dos países em dificuldades.
“Quando o sistema financeiro oprime as pessoas, fomenta as desigualdades e se afasta da vida dos territórios, trai seu propósito”, lamentou o Papa em um discurso no Vaticano diante de delegações de três instituições bancárias italianas.
Francisco, que defende um acesso mais equitativo à riqueza, também criticou “as multinacionais que transferem atividades para lugares onde é mais fácil explorar o trabalho, colocando em dificuldades famílias e comunidades”.
“Um sistema financeiro saudável não degenera em atitudes usurárias, pura especulação e investimentos que prejudicam o meio ambiente e favorecem as guerras”, acrescentou o jesuíta argentino, que completará 88 anos nesta terça-feira.
O Papa, muito crítico aos excessos do capitalismo, pediu aos bancos que emitam mais empréstimos para pessoas “em dificuldades” e renovou seu apelo aos países ricos para que cancelem a dívida com motivo do ano jubilar de 2025.
Francisco, que foi testemunha de perto da crise econômica na Argentina, denuncia com frequência a economia financeira virtual, que, segundo ele, destrói empregos.