Qualquer pessoa que verdadeiramente defenda a igualdade social defende a ditadura do proletariado, ou seja, uma ditadura da esmagadora maioria dos seres humanos sobre a ínfima parcela que constitui a burguesia; e posteriormente a extinção das classes sociais. Ora, expressar esse pensamento não é, e jamais pode ser um crime. Bem como os cidadãos que se opõem a essa ideia devem poder manifestar as suas, essa batalha deve ser travada no campo do que prega minimamente um Estado de Direito Democrático e Liberal, é o mínimo que se pode almejar em um modelo chamado de democrático mas que é muito autoritário.
Infelizmente, não havendo um debate sério na sociedade brasileira, galopamos desenfreadamente para uma ditadura total de supressão dos pensamentos antagônicos.
Esse processo fica muito evidente com o surgimento do vassalo do imperialismo, Senhor Sérgio Moro, com uma imitação da operação facínora italiana denominada “mãos limpas”, chamada no Brasil de operação lava-jato que teve por objetivos principais: derrubar a Presidente Dilma do poder em 2016, destruir a economia nacional, gerar a assunção de um pseudo moralismo, fazer crescer a direita partidária, impedir Lula de disputar as eleições de 2018, com sua ilegal prisão e ao fim e ao cabo entregar as riquezas nacionais para os poucos magnatas que controlam o efetivo poder no mundo, mais ou menos 350 famílias em um planeta de mais de 7 bilhões de habitantes.
Antes disso no ano de 2005 com a AP 470, conhecida como processo do mensalão o judiciário serviçal do capital estrangeiro já havia tentado liquidar com o Partido dos Trabalhadores, perseguindo, prendendo e desestabilizando o primeiro governo de Lula embasados na absurda tese, usada no direito romano há mais de mil anos, de “domínio do fato.” Essa tese consiste no seguinte: se há uma pessoa que cometa ilícitos com o erário público, obrigatoriamente o dirigente superior sabe e participa da “corrupção.”
O expoente foi o ex-ministro do STF, Joaquim Barbosa, insuflado pela mídia “gordola” a heroi nacional, mídia esta que historicamente apoia crimes de lesa-pátria e posteriormente finge demência para não se retratar com o povo brasileiro.
A ideia de termos um poder judiciário com tanta força fere a vontade popular, pois juízes não são eleitos pela população e sim indicados por mandatários em exercício, lhes concedendo um poder que se sobrepõe ao legislativo e executivo, estes últimos, gostemos ou não são eleitos pelo voto da maioria, só por esse motivo não deveriam ser constantemente ameaçados por farsantes de toga.
Encerro, defendendo a liberdade irrestrita de expressão para todos e cito um poema do grande revolucionário brasileiro Carlos Marighella, composto na prisão entre uma tortura e outra praticada pelos censuradores:
Não ficarei tão só no campo da arte,
e, ânimo firme, sobranceiro e forte,
tudo farei por ti para exaltar-te,
serenamente, alheio à própria sorte.Para que eu possa um dia contemplar-te
dominadora, em férvido transporte,
direi que és bela e pura em toda parte,
por maior risco em que essa audácia importe.Queira-te eu tanto, e de tal modo em suma,
que não exista força humana alguma
que esta paixão embriagadora dome.
E que eu por ti, se torturado for,
possa feliz, indiferente à dor,
morrer sorrindo a murmurar teu nome