Partido Socialismo e Liberdade solicita ao Ministério da Defesa a eliminação das unidades de recrutamento infantil

Militares das Forças Especiais (FE) em treinamento. Apelido “Kids pretos” é dado devido ao gorro preto. Foto: reprodução

A bancada do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) na Câmara dos Deputados enviará um ofício ao Ministério da Defesa solicitando a extinção do batalhão das Forças Especiais do Exército, os “kids pretos”. Além disso, os parlamentares pretendem apresentar um requerimento de informações para detalhar o funcionamento e as atividades desses batalhões especiais.

Os “kids pretos” são militares formados pelo Curso de Operações Especiais do Exército Brasileiro, treinados para atuar em missões sigilosas, ambientes hostis e politicamente sensíveis.

Esses militares fazem parte da elite das Forças Armadas e recebem o apelido devido ao uso de gorros pretos em operações. Eles são especializados em guerra não convencional, reconhecimento especial, operações contra forças irregulares e contraterrorismo.

Segundo membros do PSOL, os textos dos pedidos serão finalizados durante o fim de semana e enviados na segunda-feira.

O ex-presidente Jair Bolsonaro ao lado de Mário Fernandes, um dos membros dos “Kids pretos” preso pela Polícia Federal. Foto: reprodução

A iniciativa ocorre no contexto da prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro, que foi detido pela Polícia Federal sob a acusação de envolvimento no planejamento de um golpe de Estado após as eleições de 2022.

De acordo com depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Braga Netto teria entregue dinheiro a um militar identificado como “kid preto” para financiar ações golpistas.

“O general repassou diretamente ao então major Rafael de Oliveira, dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias à realização da operação”, afirma a decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou a prisão do general.

Conforme relatório da Polícia Federal, integrantes desse grupo seriam responsáveis pela execução de um plano para assassinar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

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