A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado 14, o ex-ministro de Jair Bolsonaro, o general Walter de Souza Braga Netto. A prisão ocorreu em cumprimento a mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal no contexto do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula (PT).

Segundo a PF, Braga Netto foi preso por atrapalhar “a livre produção de provas durante a instrução processual penal” – ou seja, por obstrução de Justiça.

General da reserva do Exército, Braga Netto foi ex-ministro-chefe da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa que perdeu a eleição presidencial de 2022.

O militar, de 65 anos, e nascido em Belo Horizonte, entrou para o Exército em 1975. Dois anos depois, ele esteve na mesma turma de Luiz Eduardo Ramos, que também foi ministro no governo Bolsonaro, e Edson Pujol, ex-comandante do Exército, na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

Em 2009, Braga Netto foi promovido a general e nomeado chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste.

Em 2018, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), foi nomeado interventor da Segurança no Rio de Janeiro, comandando as polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros e o sistema penitenciário do estado.

Em fevereiro de 2020, Braga Netto entrou no governo Bolsonaro como ministro da Casa Civil. No ano seguinte, trocou de posição e assumiu o Ministério da Defesa.

Um ano depois, deixou o ministério no prazo para concorrer às eleições de 2022 – ele acabou sendo o candidato a vice-presidente na chapa derrotada de Jair Bolsonaro.

Segundo relatório da PF, Braga Netto é figura central na trama para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder e impedir a posse do presidente Lula (PT) em 2022.

Bolsonaro e Braga Netto estão entre os 40 indiciados pela PF por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Eventuais denúncias cabem à Procuradoria-Geral da República.

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Last Update: 14/12/2024