De acordo com o jornal israelense Israel Hayom, “altos líderes da milícia curda estão se voltando para Israel em busca de ajuda urgente, em vista da tomada de territórios deles por milícias islâmicas apoiadas pela Turquia”. O pedido de ajuda aos sionistas vem após ataques de mercenários do Hayat Tahrir al-Sham (HTS), contra posições das Forças Democráticas Sírias (FDS) no nordeste do país.
A FDS, coalizão de grupos curdos, é conhecida por sua aliança com os Estados Unidos, tendo atuado por anos na desestabilização do governo de Bashar al-Assad. Através dela, os EUA manipularam a questão da nacionalidade curda para desestabilizar o antigo governo nacionalista da Síria, derrubado recentemente. Sua principal força é o YPG (Unidades de Proteção Popular), braço sírio do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, organização antagônica ao governo da Turquia.
Através das FDS, os EUA controlam o nordeste do país há anos, roubando riquezas como petróleo e trigo.
Segundo noticiou o Hayom, a liderança sionista estaria considerando se ajudará ou não os curdos, em razão de possível reação negativa da Turquia, que busca desarticular a presença dos curdos na Síria.
O governo de Bashar al-Assad foi derrubado no sábado (7), após ofensiva de milícias imperialistas, cuja principal foi o HTS. Apoiado abertamente pela Turquia, treinado em operação de drones e outros equipamentos militares eletrônicos por agentes da inteligência militar ucraniana, o HTS também é apoiado pelos EUA e demais países imperialistas. Diante da ofensiva contra Bashar al-Assad ter se iniciado no dia da entrada em vigor formal do cessar-fogo no Líbano, diante de declaração de Netaniahu contra Assad logo antes da ofensiva, e diante da omissão do HTS, FDS e outros grupos “rebeldes” diante da invasão e ataques israelenses contra a Síria, fica cada vez mais claro que o sionismo também está por detrás do golpe.