Assinado por Taras Shevchuk da Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI) e publicado no órgão Opinião Socialista, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), o artigo Mil dias de guerra na Ucrânia: Putin joga “roleta russa” com ogivas nucleares?, revela a submissão política dos morenistas ao imperialismo, em especial ao Partido Democrata. Ambos defendem a política de jogar a Ucrânia na fogueira pelos interesses criminosos dos monopólios.
O PSTU não apenas defende a manutenção da política que reduziu a Ucrânia a um campo de batalha da OTAN contra a Rússia, como demanda à Casa Branca maior celeridade na aprovação de uso de armas norte-americanas contra o gigante eslavo. Isso significa que o partido brasileiro conseguiu um posicionamento à direita do próprio Joe Biden e do Partido Democrata.
“Além dos alarmes e duelos retóricos de um e de outro lado, em essência, a política do governo dos EUA não mudou qualitativamente: restringir o fornecimento de armas ofensivas à Ucrânia.”
A política do PSTU é uma apelação à ignorância, reforçada no trecho: “Denunciamos os defensores encobertos de Putin, que com argumentos ‘pacifistas’ buscam isolar a resistência ucraniana para sua libertação nacional!”
A soberania ucraniana depende da queda do regime de subordinação do país, oriundo do golpe do Euromaidan, em 2014. A posição geográfica da Ucrânia, sua proximidade com a Rússia e em especial a capital, Moscou, é fundamental para entender a situação.
O PSTU apoiou a política de Biden, fantasiando uma “resistência ucraniana”, uma farsa facilmente comprovada pelos registros que pululam na Internet e demonstram que a verdadeira resistência é da população ucraniana contra o alistamento militar obrigatório.
A posição do PSTU ignora as aspirações mais elementares da classe trabalhadora ucraniana e colabora diretamente para que ela continue sendo empurrada para um verdadeiro moedor de carne. Longe de representar uma defesa da “soberania” ou “libertação nacional”, essa postura reforça o papel de peões que os trabalhadores ucranianos desempenham em uma guerra que só interessa ao imperialismo.
Ao se posicionar contra o que chama de “pacifismo” e a favor da escalada militar, o PSTU age como um braço auxiliar da política imperialista mais agressiva. Isso significa apoiar que operários sejam arrancados de suas famílias por bandos nazistas, forçados ao alistamento e enviados à morte em um conflito que não é deles.
No final, sua política se alinha aos interesses de Biden e da OTAN: quanto mais sangue, melhor. Essa posição, que coloca os socialistas à direita do imperialismo. Sob o pretexto de “solidariedade internacional”, o que promovem efetivamente é a submissão consciente aos piores inimigos da humanidade, algo que não pode ser aceito por verdadeiros representantes dos trabalhadores.