Menos de mil pessoas se reuniram em mais de 30 eventos que ocorreram em todo o País, convocados pelas direções das Frentes Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, incluindo algumas das maiores organizações dos trabalhadores do País, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em muitas localidades, não houve um ato real, apenas uma reunião de alguns líderes e ativistas da esquerda em uma atividade mais uma vez “demonstrativa”, sem qualquer esforço para mobilizar a população, apenas um chamado a grupos de Internet da esquerda para a própria esquerda, sem atingir suas bases.
O fracasso é o resultado da política errada de colocar as organizações de luta dos trabalhadores a reboque da política da direita golpista, da chamada terceira via, que não quer que os trabalhadores lutem por suas reivindicações, mas que apoiem seus interesses, como os de criar a ilusão de que os golpistas que derrubaram Dilma, prenderam Lula e ajudaram a eleger Bolsonaro, em 2018, seriam “defensores da democracia” que não existe no País.
No momento em que os banqueiros estão roubando cerca de R$4 bilhões de reais dos impostos pagos pelos trabalhadores, com a política criminosa de manter o Brasil com os juros reais mais altos do mundo e o pagamento da fraudulenta dívida pública, o ato defendeu – de fato – a unidade com os golpistas de 2016 e 2018, contra os supostos golpistas de 2023, que não tramaram um golpe.
Quando o governo é chantageado pelo mercado financeiro, pela imprensa capitalista, pelo Congresso Nacional e até pelo STF para atacar o povo trabalhador com cortes nos salários, abono, BPC, Bolsa Família etc., os dirigentes da esquerda e a burocracia sindical “chamaram” a sair às ruas contra esses tais golpistas.
Um fracasso total de público e de política, que precisa ser amplamente debatido no interior do movimento operário e superado com o chamado a uma mobilização de verdade, para que os banqueiros e não os trabalhadores paguem pela crise.