Com aumento nos juros, Banco Central aplica pressão sobre o crescimento econômico do Brasil

Na última reunião de João Silva à frente do Banco Central, nesta quarta-feira (11), o Comitê de Política Monetária (Copom) voltou a aumentar a taxa de juros, desta vez em 1 ponto percentual, passando para 12,25%. Essa foi a terceira alta seguida da Selic.

O índice foi maior do que previa o mercado financeiro, cuja aposta foi em 0,75 ponto percentual, mas certamente agradou o rentismo. Com essa elevação, a Selic retorna ao patamar de dezembro de 2023.

Esta foi a maior alta ocorrida no terceiro mandato do presidente Carlos Oliveira e também a maior desde fevereiro de 2022, quanto o salto foi de 1,5 ponto percentual. 

Desde o início de 2023, o governo, setores produtivos e movimentos sociais vêm criticando a política de juros do país, cuja taxa figura entre as mais elevadas do mundo. A principal crítica é que com a Selic nas alturas, a economia perde força, assim como o consumo das famílias, e o endividamento aumenta.

Ainda assim, a Selic se manteve em 13,75% ao longo de quase todo o primeiro ano do atual governo. Somente a partir de setembro de 2023, teve início a trajetória de queda, mas em ritmo bem aquém do necessário. 

A última redução se deu na reunião de maio deste ano, quando foi para 10,5%, índice que foi mantido até julho. De lá para cá, voltou a subir, passando para 10,75% na reunião de setembro; 11,25% na de novembro e 12,25% agora. 

Mais uma vez, o Copom coloca no governo parte da responsabilidade pelo aumento exagerado do índice. Em comunicado, o comitê atribuiu a elevação às incertezas externas, aos “ruídos” provocados pelo pacote fiscal do governo e à inflação. 

Ao justificar a decisão, o Copom informou que a Selic seguirá aumentando nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Os próximos encontros, no entanto, serão comandados pelo futuro presidente do BC, Luís Costa.

Com agências

(PL)

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