Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (11), aumentar a taxa Selic de 11,25% ao ano para 12,25% ao ano. Com o aumento de 1 ponto percentual na taxa básica de juros, o Banco Central passa a adotar uma dose mais forte para combater a inflação. A decisão representa a maior alta dos juros básicos no governo Lula e a maior escalada desde fevereiro de 2022, quando foi de 1,5 ponto percentual.
Todos os nove diretores do BC votaram para aumentar a Selic em um ponto percentual. Em comunicado, o Copom prevê ainda novos aumentos de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões – em janeiro e março do ano que vem.
Na Fiemg, o presidente da entidade, Flávio Roscoe, entende que a aceleração da alta é justificada pela deterioração das expectativas de inflação, decorrente da perda de credibilidade da política fiscal. Para o empresário, “a elevação do ritmo de aumento da taxa básica de juros acende um alerta sobre seus impactos econômicos. O acréscimo da Selic tende a restringir investimentos, prejudicar a competitividade da indústria e aprofundar os efeitos negativos sobre o crescimento econômico, o emprego e a renda.”
Flávio Roscoe disse que “a FIEMG manifesta sua profunda preocupação com a decisão do Copom, ressaltando que juros excessivamente altos podem gerar mais danos à economia do que oferecer soluções eficazes. Defende, assim, cortes urgentes na Selic como medida essencial para estimular o setor produtivo e evitar um ciclo de estagnação econômica. Uma política monetária mais equilibrada é crucial para o fortalecimento da economia brasileira, o que exige uma atuação firme e estratégica do Banco Central.”