(*) Rubens Otoni 

O Dia Mundial do Transporte Sustentável, celebrado em 26 de novembro, levantou reflexões sobre a importância dos sistemas de transporte público coletivo para as cidades brasileiras, considerando aspectos econômicos, sociais e ambientais.

A priorização do transporte público, por meio da implementação de infraestruturas de BRT e ferroviários, é fundamental para atrair mais usuários e deve ser considerada no planejamento municipal e metropolitano como um dos pilares para o crescimento econômico e produtividade.

O transporte coletivo também contribui para a saúde financeira dos municípios, evitando deseconomias urbanas e reduzindo custos associados a congestionamentos e sinistros. Segundo a NTU, os ônibus levam cerca de um terço da população, mas respondem por apenas 0,32% da quantidade de vítimas fatais.

Além dos benefícios econômicos, o transporte público coletivo promove a inclusão social, conectando comunidades marginalizadas a serviços essenciais. Nesse sentido, o transporte público deve ser visto como uma estratégia para superar desigualdades sociais.

A implementação de subsídios tarifários pode ampliar o acesso ao transporte, aliada à integração modal e investimento em infraestruturas cicloviárias e de calçadas, garantindo melhor mobilidade às pessoas e aumentando a qualidade de vida e a coesão social.

No contexto ambiental, o transporte coletivo reduz emissões de gases de efeito estufa ao diminuir a dependência de veículos particulares movidos a combustíveis fósseis. Segundo a NTU, os carros poluem oito vezes mais do que os ônibus. A eletrificação das frotas de transporte público potencializa esses benefícios, contribuindo para um futuro de baixas emissões.

Para promover sistemas de transporte público sustentável, é importante que governos e gestores adotem medidas estratégicas, como planejamento integrado participativo, incentivos à inovação tecnológica e campanhas de conscientização.

Que o Dia Mundial do Transporte Sustentável nos mobilize a repensar a mobilidade urbana, tendo o transporte coletivo e não motorizado como protagonistas de cidades mais justas e resilientes. Que possamos compreender que investir em sistemas de transporte público é não apenas uma necessidade ambiental, mas uma estratégia para criar sociedades mais equitativas e economicamente robustas.

(*) é deputado federal (PT-GO)

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Last Update: 11/12/2024