Para o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o inquérito das fake news – que investiga a divulgação de notícias falsas, calúnias e outras infrações contra a Corte – deve ser seguir ativo em 2025.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta terça-feira 10, Barroso reconheceu que havia uma expectativa que o inquérito, que teve início em 2019, terminasse neste ano. Entretanto, a apuração “se prolongou porque os eventos foram se sucedendo”, segundo o magistrado, de modo que haverá “um mais ainda um pouco agitado ao longo do próximo ano”.
Quem relata o inquérito das fake news é o ministro Alexandre de Moraes, com quem Barroso disse que chegou a conversar sobre a expectativa de duração do caso.
“Eu tinha conversado com o ministro Alexandre de Moraes há um pouco mais de um mês atrás e era mais ou menos previsto que até o final desse ano todo o material estaria com o procurador-geral da República, com a perspectiva de no início do ano que vem isso chegar ao fim”, disse Barroso.
Dessa forma, o tempo que o inquérito deve durar ou não depende, também, das eventuais diligências que poderão ser pedidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Esse material está com o procurador-geral da República. Mas, mesmo que o procurador-geral da República faça alguns arquivamentos e faça denúncias no início do ano, ainda vai ter uma quantidade de água para passar embaixo dessa ponte, tem que instruir todas essas ações penais. De modo que acho que vamos ter ainda um ano lidando, talvez até mais, com as ações penais que vão resultar desses inquéritos”, afirmou Barroso.