O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, afirmou neste domingo (8) que poderia “totalmente” considerar a saída do país da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) caso os Estados Unidos não consigam um “acordo justo” e seus aliados não “paguem suas contas”.
Ele também anunciou a intenção de acabar com a cidadania por nascimento nos EUA, declarando que “terá que” deportar todos os imigrantes que vivem ilegalmente no país.
Durante sua primeira entrevista após vencer as eleições de novembro, concedida ao programa “Meet the Press”, da NBC, Trump destacou que os membros da Otan precisam “pagar suas contas” e tratar os EUA de forma justa para evitar que Washington abandone a aliança.
Sobre a proposta de eliminar o direito à cidadania automática para quem nasce em território americano, atualmente garantido pela Constituição dos EUA, Trump afirmou que acredita ser possível realizar a mudança “por meio de uma ação executiva (decreto)”.
No final de novembro, Trump se reuniu em Palm Beach, Flórida, com Mark Rutte, secretário-geral da Otan. Segundo Farah Dakhlallah, porta-voz da aliança, o encontro foi dedicado a “discutir os desafios globais de segurança enfrentados pela Aliança”.
O encontro ocorreu após Rutte ter declarado, em 5 de novembro, que desejava dialogar com Trump sobre a “ameaça” representada pelo fortalecimento das relações entre Rússia e Coreia do Norte.
“Estou ansioso para me reunir com o presidente Trump e debater formas de enfrentarmos essa ameaça de maneira coletiva”, afirmou Rutte em 7 de novembro. Desde então, o secretário-geral da Otan tem intensificado os alertas sobre os riscos de uma aliança entre China, Coreia do Norte e Irã, países acusados de fornecer apoio à Rússia em sua guerra contra a Ucrânia.