A ministra do Comércio Exterior da França, Sophie Primas, reafirmou nesta sexta-feira (6) que o país continuará a se opor ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, prometendo lutar “em cada etapa do processo”, em parceria com outros Estados-membros contrários.

O tratado, anunciado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu, conclui 25 anos de negociações, mas ainda enfrenta um longo caminho de validação nos dois blocos econômicos.

A França lidera críticas ao acordo, argumentando que ele prejudicaria a agricultura europeia ao permitir a entrada de produtos sul-americanos sob condições de competitividade desiguais. Protestos de agricultores franceses refletem essa preocupação, destacando temores de impacto ambiental e social.

Os próximos passos incluem revisão jurídica, traduções, assinatura pelos líderes e aprovação nos parlamentos nacionais dos países do Mercosul e da União Europeia. No lado europeu, o texto deve obter o aval do Conselho e do Parlamento, enfrentando o desafio de conquistar maioria qualificada — um processo marcado por forte oposição de países como França, Polônia e outros.

Enquanto isso, defensores do tratado destacam benefícios econômicos, como redução de tarifas e ampliação do comércio, representando mais de 700 milhões de pessoas. Von der Leyen classificou o acordo como uma “vitória para a Europa”, mas reconheceu as preocupações dos agricultores e garantiu salvaguardas para protegê-los.

Apesar do otimismo de alguns líderes, o tratado continua a dividir opiniões e enfrenta resistência significativa, tornando incerto o prazo para sua implementação.

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Last Update: 06/12/2024