Bolsonaristas em Brasília durante atos golpista, em 8 de janeiro: A fuga em massa começou após a Argentina intensificar a prisão de brasileiros. Foto: reprodução

Investigados e condenados pelos ataques aos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro, continuam desafiando as autoridades ao traçarem novas rotas de fuga pela América Latina. Após deixarem a Argentina, onde estavam foragidos, muitos seguiram para o Peru e a Colômbia nos últimos dias, com destino final nos Estados Unidos, conforme informações do UOL.

A intensificação da prisão de brasileiros pela Argentina, após mandados de extradição emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), levou mais de 30 investigados a abandonarem o país.

As rotas

Eles têm utilizado duas principais rotas: uma passa pelo Chile, cruzando o deserto do Atacama até o Peru, de onde seguem para a Colômbia antes de tentarem entrar nos EUA; a outra atravessa a Bolívia pela província argentina de Jujuy e segue um trajeto semelhante.

O coronel José Luís Quiroz, chefe da Interpol no Peru, confirmou que quatro foragidos brasileiros entraram no país entre 19 e 24 de novembro, segundo registros de imigração.

“Às vezes, na fronteira, os controles são muito frágeis e [os foragidos] poderiam sair por outras vias e rotas não oficiais”, explicou Quiroz, destacando que os fugitivos não foram detidos porque seus nomes não constam na lista de difusão vermelha da Interpol.

Os fugitivos

Entre os fugitivos está Romário Garcia Rodrigues, conhecido como “nordestino bolsonariano”. Ele deixou Buenos Aires em novembro, passou pelo Chile e seguiu para a Colômbia. Apesar de ter declarado nas redes sociais que pretendia se entregar no Brasil, apagou as postagens pouco depois.

Jair Bolsonaro e Romário Garcia Rodrigues, conhecido como “nordestino bolsonariano”. Foto: reprodução

O simpatizante do ex-capitão se apresenta como o “primeiro gay nordestino a tomar um café da manhã” com Jair Bolsonaro (PL). Nas redes sociais, pede dinheiro por meio de Pix para manter a fuga. Ele chegou ao Chile de ônibus no dia 18 de novembro, mas atualmente já esta na Colômbia.

Outros envolvidos também fugiram em pequenos grupos, incluindo Antônio Alves Pinheiro Júnior, Raquel de Souza Lopes, Edilaine da Silva Santos e Rosana Maciel Gomes. Com exceção de Romário e Raquel, os demais bolsonaristas seguiram para o Peru

A rota de fuga utilizada foi inspirada em um caso de setembro, quando um investigado pelos ataques conseguiu escapar do Brasil para o México, mesmo usando tornozeleira eletrônica, e ingressou ilegalmente nos Estados Unidos com ajuda de coiotes.

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Last Update: 06/12/2024