Trimestrais da pecuária: abate de bovinos, frangos e suínos cresce fortemente no 3º trimestre

Os resultados da produção animal no 3º trimestre de 2024 apontam que o abate de bovinos subiu 15,3% frente ao mesmo período de 2023 e 3,9% em comparação ao trimestre anterior, foi a primeira vez em que o abate de bovinos atingiu mais de 10 milhões de cabeças em um trimestre.

O abate de suínos aumentou 2,1% em relação ao mesmo período de 2023 e subiu 2,6% na comparação com o 2° trimestre de 2024. Já o abate de frangos, representou alta de 2,8% em relação ao mesmo período de 2023 e aumento de 0,8% na comparação com o 2° trimestre de 2024.

A aquisição de leite cru, no 3° trimestre de 2024 foi de 6,30 bilhões de litros, redução de 0,3% em relação ao 3° trimestre de 2023, e acréscimo de 7,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A aquisição de peças de couro pelos curtumes registrou aumento de 17,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e acréscimo de 2,7% em comparação ao 2º trimestre de 2024, somando 10,55 milhões de peças de couro.

No 3° trimestre de 2024, foram produzidos 1,2 bilhão de dúzias de ovos de galinha, alta de 3,0% em relação ao trimestre anterior e 10,3% de crescimento sobre a quantidade levantada no mesmo trimestre em 2023.

Abate de bovinos atinge mais de 10,00 milhões de cabeças em um trimestre

No 3º trimestre de 2024, foram abatidas 10,37 milhões de cabeças bovinas sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária, foi a primeira vez em que o abate de bovinos atingiu mais de 10,00 milhões de cabeças em um trimestre. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 15,3% e em relação ao 2º trimestre de 2024, o crescimento foi de 3,9%.

Julho foi o mês de maior atividade do trimestre, com um abate total de 3,59 milhões de cabeças, variação positiva de 22,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

O abate de fêmeas teve alta de 19,6% em relação ao 3º período de 2023, ainda influenciado pela queda do preço dos bezerros no comparativo anual, enquanto o abate de machos subiu 12,5%. As exportações do trimestre atingiram novo recorde de 706,43 mil toneladas, aumento de 30,6% na comparação anual, com recordes para julho, agosto e setembro (SECEX/MDIC).

O abate de 1,37 milhão de cabeças de bovinos a mais no 3º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 25 das 27 Unidades da Federação (UFs). Entre aquelas com participação nacional a partir de 1,0%, os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+291,70 mil cabeças), Minas Gerais (+185,73 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+178,35 mil cabeças), São Paulo (+168,29 mil cabeças), Pará (+136,21 mil cabeças), Goiás (+97,22 mil cabeças), Rondônia (+71,98 mil cabeças) e Bahia (+55,18 mil cabeças).

Em contrapartida, a queda mais expressiva, de 64,03 mil, ocorreu no Rio Grande do Sul, que ainda sofre os impactos da cheia ocorrida no fim do mês de abril.

Com 18,3% da participação nacional, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, seguido por São Paulo (10,4%) e Goiás (10,2%).

Abate de suínos registra novo recorde trimestral

No 3º trimestre de 2024, foram abatidas 14,95 milhões de cabeças de suínos, representando alta de 2,1 em relação ao mesmo período de 2023 e aumento de 2,6 em relação ao 2° trimestre de 2024. A pesquisa registrou o melhor mês de julho da série histórica, alcançando novo recorde trimestral de volume de cabeças de suínos abatidas.

O abate de 313,02 mil cabeças de suínos a mais no 3º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 15 das 25 Unidades da Federação participantes da pesquisa. Entre os estados com participação de ao menos 1,0%, ocorreram aumentos em: Rio Grande do Sul (+197,99 mil cabeças), Minas Gerais (+79,47 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+36,64 mil cabeças), Paraná (+27,89 mil cabeças), São Paulo (+6,27 mil cabeças) e Mato Grosso (+2,63 mil cabeças). Em contrapartida, as quedas mais expressivas ocorreram em: Santa Catarina (-11,59 mil cabeças) e Goiás (-9,40 mil cabeças).

Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 29,1% da participação nacional, seguido por Paraná (21,1%) e Rio Grande do Sul (17,7 %).

Abate de frangos registra melhor resultado da série histórica

No 3º trimestre de 2024, foram abatidas 1,62 bilhão de cabeças de frangos, representando aumento de 2,8 em relação ao mesmo período de 2023 e alta de 0,8% na comparação com o 2° trimestre de 2024. A pesquisa registrou, no período, os melhores meses de julho e setembro da série histórica iniciada em 1997, ajudando a alcançar novo recorde trimestral de volume de cabeças de frangos abatidas.

O abate de 43,96 milhões de cabeças de frangos a mais no 3º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi determinado pelo aumento no abate em 21 das 25 UF’s que participaram da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram aumentos em: São Paulo (+12,61 milhões de cabeças), Minas Gerais (+11,17 milhões de cabeças), Goiás (+7,79 milhões de cabeças), Mato Grosso (+7,49 milhões de cabeças), Santa Catarina (+7,23 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (+2,04 milhões de cabeças), Pernambuco (+1,44 milhões de cabeças) e Bahia (+1,16 milhões de cabeças). Em contrapartida, ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-11,35 milhões de cabeças) e Paraná (-836,40 mil cabeças).

No ranking das UFs, Paraná ainda lidera o abate de frangos, com 33,7% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (14,1%) e São Paulo (11,3%).

Aquisição de leite teve alta de 7,1% em comparação com o período anterior

No 3º trimestre de 2024, a aquisição de leite cru foi de 6,30 bilhões de litros, equivalente a uma redução de 0,3% em relação ao 3° trimestre de 2023, e acréscimo de 7,1% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A Região Sul apresentou a maior proporção na captação de leite cru, 42,8% do total, seguida pelas Regiões Sudeste (35,8%), Centro-Oeste (10,1%), Nordeste (8,4%) e Norte (2,9%). No comparativo do 3º trimestre de 2024 com o mesmo período de 2023, o decréscimo de 21,91 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente de quedas registradas em 14 das 26 UFs.

Em nível de Unidades da Federação, as variações positivas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (+40,63 milhões de litros), Paraná (+14,97 milhões de litros), Pernambuco (+12,02 milhões de litros), Sergipe (+11,92 milhões de litros) e Bahia (+3,65 milhões de litros). O Rio Grande do Sul, assim como no trimestre anterior, apresentou a maior retração do período entre os estados (-39,13 mil litros). Em seguida, apresentaram as principais quedas: Rondônia (-21,32 milhões de litros), Santa Catarina (-19,46 milhões de litros), Goiás (-15,83 milhões de litros) e Mato Grosso (-9,39 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,2% da captação nacional, Paraná (15,6%), Santa Catarina (14,0%) e Rio Grande do Sul (13,2%).

Aquisição de couro cresce 17,4% em relação ao 3º trimestre de 2023

No 3º trimestre de 2024, os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro declararam ter recebido 10,55 milhões de peças de couro bovino. Esse total representa aumentos de 17,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e de 2,7% em comparação com o trimestre imediatamente anterior

O comparativo entre os 3os trimestres de 2023 e 2024 indica uma variação positiva de 1,57 milhão de peças no total adquirido pelos estabelecimentos. Foram verificados aumentos em 14 das 17 Unidades da Federação que possuíam curtumes elegíveis pelo universo da pesquisa. As variações positivas mais expressivas, em estados com mais de 5,0% de participação na aquisição nacional ocorreram em Goiás (+719,87 mil peças), Mato Grosso do Sul (+194,17 mil peças), Mato Grosso (+127,37 mil peças), Paraná (+92,71 mil peças), Pará (+71,55 mil peças), Rondônia (+52,37 mil peças) e São Paulo (+30,73 mil peças). A principal queda ocorreu no Rio Grande do Sul, assim como no abate de bovinos.

Goiás seguiu na liderança da relação de UF’s que recebem peças de couro cru de bovino para processamento, com 17,4% da participação nacional, seguido por Mato Grosso (16,3%) e Mato Grosso do Sul (12,4%).

Produção de ovos de galinha atinge recorde na série histórica

A produção de ovos de galinha no 3º trimestre de 2024 alcançou 1,2 bilhão de dúzias, correspondendo a um aumento de 3,0% em relação ao apurado no trimestre imediatamente anterior e 10,3% de crescimento sobre a quantidade levantada no mesmo trimestre em 2023. A pesquisa alcançou um novo recorde na série histórica, ao superar o marco do trimestre anterior.

A produção de 111,94 milhões de dúzias de ovos a mais, em nível nacional, se comparados os 3°s trimestres de 2024 e 2023, foi consequência de aumentos em 22 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. Os acréscimos mais significativos ocorreram em Minas Gerais (+21,38 milhões de dúzias), São Paulo (+20,85 milhões de dúzias), Pernambuco (+18,99 milhões de dúzias) e Espírito Santo (+11,65 milhões de dúzias).

Verificou-se que mais da metade das granjas, 1 105 (54,2%), produziram ovos para o consumo, respondendo por 82,3% do total de ovos produzidos, enquanto 935 granjas (45,8%) produziram ovos para incubação, respondendo por 17,7% do total de ovos produzidos.

O Estado de São Paulo, com 26,1% da produção nacional, seguiu como maior produtor de ovos dentre as Unidades da Federação, seguido por Minas Gerais (9,9%), Paraná (9,8%) e Espírito Santo (8,0%).

Com informações da Agência IBGE.

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Last Update: 06/12/2024