Morreu nesta segunda-feira (2), aos 85 anos, o maestro, compositor e pianista cul, renomado por sua trajetória no cenário da música erudita. Nobre foi o primeiro brasileiro a reger a Royal Philarmonic Orchestra, em Londres, em 1990, e deixou um legado de cerca de 250 composições que mesclam técnicas como politonalidade, atonalidade e elementos da música popular brasileira.
Sua obra também foi marcante no cinema, contribuindo com trilhas sonoras para filmes como O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro (1969), de Glauber Rocha, e Os Inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade.
Recifense nascido em 1939, iniciou sua formação musical no Conservatório Pernambucano de Música e, ainda jovem, destacou-se ao receber menção honrosa no 1º Concurso de Música e Músicos do Brasil, promovido pela Rádio MEC.
Ao longo da carreira, estudou com importantes nomes internacionais, como Leonard Bernstein, e representou o Brasil em diversas instituições e festivais. Além disso, foi diretor musical da Rádio MEC, onde consolidou seu papel na valorização da música brasileira.
Nobre foi amplamente reconhecido com distinções como a Bolsa Guggenheim, o Prêmio Tomás Luís de Victoria e a Ordem do Mérito Cultural do Brasil. Sua trajetória multifacetada e inovadora consolidou seu lugar como um dos maiores nomes da música brasileira, combinando erudição, criatividade e uma profunda conexão com a cultura popular do país.