Os carros chineses conquistaram o mercado brasileiro. Em recente expansão, marcas como BYD e GWM expandiram suas vendas no país, graças à qualidade e preços competitivos. As empresas aproveitaram o crescimento com carros elétricos, que não tinham imposto para importação. Agora, elas disputarão com outras oito empresas chinesas a comercialização no Brasil.

De acordo com reportagem do Estadão, as empresas que pretendem investir no país são:

  • Com projetos de produção local: GAC (Guangzhou Automobile Group); Neta Auto; Omoda/Jaecoo; Riddara; e Comexport/Multimarcas;
  • Com projetos de importação: Zeekr; Leapmotor; Xpeng; e Polestar.

O imposto que foi zerado hoje está em 18% para elétricos e 25% para híbridos, mas até 2026 chegará a 35%. No entanto, isso não impediu o aporte feito no país. A BYD deve começar a produzir seus carros para não depender de importação, em uma planta em Camaçari, na Bahia, prevista para operar em 2025. A GWM, recentemente, anunciou um investimento de 10 bilhões até 2032, que inclui uma fábrica em Iracemápolis, em São Paulo.

Parte desse movimento ocorre devido às barreiras impostas por outros países aos carros chineses, como nos Estados Unidos (taxa de 100% para importação) e União Europeia (taxa de 46%). Outro motivo são as boas condições encontradas no Brasil para a venda de automóveis. Os chineses operam abaixo de sua capacidade. Enquanto fabricam 20 milhões de carros por ano, teriam capacidade para mais que dobrar e chegar a 50 milhões de automóveis.

Produção

  • GAC (Guangzhou Automobile Group): a empresa especula a compra da fábrica da Toyota em Indaiatuba (SP), a ser desativada até 2026, e começou a montar parte da operação administrativa no Brasil;
  • Neta Auto: a empresa também se interessa pela planta de Indaiatuba e pretende usar o Brasil para exportar para a América do Sul. Já importa carros e possui cinco ponto de venda no país;

Importação

  • Zeekr: também da Geely, importa para o Brasil carros elétricos de luxo e deve ter até dez revendas já nos próximos meses, incluindo a de São Paulo;
  • Leapmotor: irá trazer a partir de 2025 carros para o Brasil pela rede da Stellantis (Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) no continente, companhia que possui participação acionária na empresa chinesa;

Produção

  • Omoda/Jaecoo (O&J): empresas da marca Chery, que opera junto à Caoa no Brasil, e deverá montar carros com peças prontas importadas a partir de 2025, podendo ser na planta da Caoa/Chery em Jacareí (SP), atualmente fechada.
  • Riddara: pertence a Geely, dona da sueca Volvo, negocia a vida ao Brasil para produção de picapes;
  • Comexport/Multimarcas: grupo brasileiro que investe R$ 400 milhões para ocupar a fábrica da Ford no Ceará e montar carros elétricos, incluindo a produção terceirizada com marcas chinesas ainda não reveladas;

Informações Estadão. Edição Vermelho, Murilo da Silva

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Last Update: 02/12/2024