O governo brasileiro não se impressionou com a ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o bloco dos Brics e não responderá ao desafio. Trump declarou em rede social que aplicará uma tarifa de 100% sobre os países do bloco caso substituam o dólar em suas transações comerciais. A chamada desdolarização é uma das propostas do grupo de países emergentes, defendida pelo presidente Lula e pela ex-presidente Dilma Rousseff, que preside o Banco do Brics.
Considerando a ameaça como uma provocação, a expectativa é de que, ao assumir a Casa Branca, Trump substitua o discurso de candidato pelo de presidente, reduzindo confrontos em redes sociais.
Além disso, integrantes da diplomacia brasileira lembram que a proposta ainda está em discussão, sem uma decisão tomada. Por isso, afirmam, a ameaça de Trump não tem fundamento.
O governo brasileiro destaca que Trump já ameaçou com tarifas mais altas a China, o México, o Canadá e, agora, o Brics, e é preciso separar o que é marketing político e o que pode ser uma ameaça de risco real. O Brics é um grupo de países que inclui Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com membros permanentes Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.