O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu a necessidade da importação de arroz pelo governo para formar estoques públicos. Durante audiência pública, Fávaro ressaltou que essa é a função principal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tanto para regular movimentos especulativos que aumentam o preço de alimentos como para auxiliar os próprios agricultores garantindo um preço mínimo para compra de seus produtos.
O ministro lembrou que nos últimos meses, sem motivo aparente, o preço do arroz subiu, mesmo com a produção crescendo em 2023 cerca de 7% acima do que o verificado no ano anterior. Após a catástrofe climática no Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do País, e depois de grande parte da produção já ter sido colhida, Carlos Fávaro destacou que o preço do produto nas prateleiras dos supermercados sofreu um aumento abrupto.
De acordo com o ministro, uma das responsabilidades do governo é justamente regular o mercado. Ele destacou que isso foi feito inclusive pelo governo anterior, com apoio dos deputados que agora criticam a importação de arroz feita pelo governo Lula.
O ministro explicou a posição do governo em relação à polêmica envolvendo algumas empresas vencedoras – por conta da falta de experiência em importação – e um suposto conflito de interesse envolvendo um ex-assessor do então secretário de Política Agrícola da Mapa Neri Geller, que foi afastado do cargo na última semana.
Segundo Carlos Fávaro, tanto esse afastamento quanto o cancelamento do leilão, apesar de ter seguido todas as normas legais, foram feitos para garantir a transparência na operação.
O governo deve realizar um novo leilão com “aperfeiçoamento do edital”. Também participaram da audiência pública e elogiaram o trabalho do ministro e apoiaram a importação de arroz pelo governo, o coordenador da Bancada Gaúcha, deputado Marcon, além de outros deputados.