Conforme noticiado pela emissora Al Jazeera, o governo do Paquistão, colocado no poder após golpe contra Imran Khan em 2022, “apresentou uma série de acusações, incluindo uma relacionada a ‘subversão política’, contra o ex-primeiro-ministro sua esposa, Bushra Bibi, e centenas de trabalhadores do partido Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI)”.
Além de “subversão política”, também foram acusados de violarem lei que restringe protesto em Islamabad (capital), de realizaram ataques contra polícia, sequestros, de interferirem em assuntos governamentais, e de violar lei ditatorial que proíbe reunião de mais de quatro pessoas.
As acusações se dão após protestos de dezenas de milhares de trabalhadores terem tomado conta do Paquistão na última semana. As manifestações foram realizadas pela liberdade de Imran Khan, preso em agosto de 2023, em decorrência de intensa perseguição judicial arquitetada, que o derrubou do cargo de primeiro-ministro, em golpe de Estado perpetrado em 2022.
O regime ditatorial do Paquistão reprimiu violentamente as manifestações, e teria matado pelo menos oito apoiadores de Khan mortos pelo aparato de repressão, ferindo vários outros, segundo denúncia do PTI (partido do ex-primeiro-ministro). Até o presente momento, cerca de 1.000 trabalhadores do PTI, que estiveram em Islamabad participando das manifestações, foram presos pelo aparato de repressão, conforme a Al Jazeera.
As acusações de subversão política e mais contra Imran Khan e Bushra Bibi mostra uma intensificação da perseguição ao ex-primeiro-ministro, e seus apoiadores, e o PTI, que vem denunciando o governo do Paquistão e partido que o lidera, Pakistan Muslim League-Nawaz (PMLN).