A Marcha da Periferia começou a ser realizada em 2006, na cidade de São Luís (MA), pelo movimento hip hop, que este ano realiza a marcha no próximo dia 30. O PSTU e a CSP-Conlutas, através do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe e do Quilombo Urbano, participam ativamente da construção das marchas, que hoje ocorrem por todo o país com independência de classe.
Este ano, em memória da luta quilombola e de Zumbi e Dandara, as Marchas da Periferia tiveram como eixo a exigência ao governo Lula (PT), ao Estado brasileiro e ao Banco do Brasil (BB) a reparação pelos crimes da escravidão.
O Ministério Público Federal notificou o BB em novembro de 2022 por seu envolvimento no tráfico, comércio e escravização de africanos desde o século 19. A reparação histórica é buscada, responsabilizando o BB, o Estado e as empresas beneficiadas.
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Contudo, até o momento, o BB e o governo Lula não tomaram nenhuma medida estrutural, prometendo apenas a expansão das ações afirmativas, compensatórias e de empoderamento individual. Nas ruas, ecoaram os gritos contra a enrolação e pactos espúrios, e exigência por reparação, já!