Jonas de Campos, de São Paulo (SP)
A PepsiCo opera em escala 6×1 e deseja implementar a escala 6×2, onde o trabalhador terá um período de folga durante a semana e ficará quase dois meses até ter um final de semana de folga. Essa proposta absurda, feita de forma arbitrária, desencadeou uma revolta e levou à deflagração da greve. É a primeira greve operária motivada pela luta em torno da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para abolir a escala 6×1.
A empresa não quis negociar com o sindicato, o que demonstra a falência da proposta do Ministro Luís Marinho, de que a redução da jornada poderia ser negociada entre trabalhadores e patrões. A greve pressionou audiência com o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no dia 26, onde a empresa se manteve intransigente e propôs jornadas mais absurdas, como os trabalhadores trabalharem dois dias por 12 horas para ter direito a mais um sábado de folga no mês.
Os trabalhadores continuam em greve contra as propostas absurdas da empresa e contra o “acordo de paz” proposto pelo juiz do trabalho, que significaria abortar a greve. É preciso cercar de solidariedade a greve da PepsiCo e levar às demais fábricas a luta contra as jornadas abusivas!
Aumentar a luta e conquistar vitórias!
A greve na PepsiCo é um grande exemplo e pode servir para que mais lutas se espalhem por todo país. Muitos trabalhadores estão ansiosos, querendo levar a luta para o seu local de trabalho e tentando de todo jeito se organizar para acabar com essa jornada.
Só atacando o lucro dos patrões podemos garantir a redução da jornada sem redução de salários e direitos! Aprovação da PEC não virá desse Congresso cheio de políticos corruptos, que trabalham 3 por 4 e só aprovam leis a favor dos patrões, precisamos conquistar com as nossas próprias mãos.
Podem contar com o apoio do PSTU e da CSP-Conlutas na construção das manifestações e greves.