O maior investimento em urbanização de periferias do país é lançado
Convênios
O evento marcou o lançamento do Periferia Viva e assinatura de convênios com a Unops (organismo da ONU especializado em gestão de projetos), Ministério das Cidades (MCid) e Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE) para financiar 120 Planos Municipais de Redução de Risco (PMRR). Será a maior contratação do tipo na história do país.
A perspectiva é que, até 2026, todos os municípios que tenham favelas — e áreas de risco alto ou muito alto — sejam beneficiados com os Planos Municipais de Redução de Riscos (PMRRs), financiados pelo governo Lula, com investimento de R$ 63 milhões.
– Convênio para 120 planos municipais de redução de riscos (PMRR): Firmado entre o Ministério das Cidades, a Unops (organismo da ONU especializado em gestão de projetos) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), o acordo vai destinar R$ 63 milhões para financiar PMRRs em municípios que possuem áreas de risco alto ou muito alto.
– Projeto CEP para todos: Outra iniciativa de destaque é a parceria entre o Ministério das Comunicações, os Correios e o Ministério das Cidades, que busca garantir CEP e serviços postais para todas as moradias em favelas. A meta é ambiciosa: assegurar que até 2026 nenhum brasileiro em áreas informais seja privado de um endereço formal e dos benefícios associados.
– Regularização fundiária e melhorias habitacionais: Durante a cerimônia, o governo Lula anunciou 19 mil contratos destinados à regularização fundiária e melhorias habitacionais em oito estados (Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). O investimento supera R$ 85 milhões, e a meta é ampliar a segurança e a dignidade das famílias beneficiadas.
– Convênio com o IBGE para produção de dados sobre favelas: Essa parceria tem como objetivo mapear e estudar as condições das periferias brasileiras, criando um banco de dados que subsidiará a formulação de políticas públicas mais assertivas.
– Investimentos em urbanização e contenção de encostas: O Novo PAC prevê R$ 3,3 bilhões para urbanização de favelas e R$ 1,4 bilhão para obras de contenção de encostas em áreas de risco.
No discurso mais esperado da tarde, o presidente Lula trouxe à tona memórias pessoais para ilustrar a realidade que o Periferia Viva busca transformar.
O legado do Periferia Viva
Um dos aspectos mais inovadores do programa é sua abordagem integrada, que combina urbanização com inclusão social e tecnológica. Em 2024, 59 territórios distribuídos por 48 cidades começarão a receber os primeiros investimentos do Periferia Viva, priorizando áreas mais vulneráveis.
“O Periferia Viva não será um programa de PowerPoint, mas um programa de entrega, de transformação real”, garantiu o secretário Nacional de Periferia, Guilherme Simões. “As obras chegarão à ponta, mudando a vida de quem mais precisa.”
As ações abrangem desde a construção de infraestrutura básica, como saneamento e pavimentação, até a criação de oportunidades econômicas e sociais, como espaços de lazer e qualificação profissional.
“Este é um compromisso com o futuro do Brasil”, afirmou Lula. “Com este programa, estamos plantando sementes que darão frutos para gerações. Porque a verdadeira riqueza de um país é seu povo, e nosso povo merece viver com dignidade.”
Festival e Prêmio Periferia Viva
Além do lançamento no Planalto, Brasília foi palco do Festival Periferia Viva, realizado na Torre de TV. O evento celebrou a cultura e a resiliência das comunidades periféricas brasileiras, com apresentações artísticas e a segunda edição do Prêmio Periferia Viva.
O prêmio reconheceu 178 iniciativas periféricas que se destacam no enfrentamento à desigualdade social. Foram distribuídos prêmios em três categorias:
– R$ 50 mil para 150 iniciativas populares.
– R$ 30 mil para 25 assessorias técnicas com atuação territorial.
– Prêmios simbólicos para três entes públicos que desenvolvem ações de impacto social em comunidades.
“O Prêmio Periferia Viva não é apenas um reconhecimento; é um incentivo para que as periferias sigam transformando suas próprias realidades”, disse Guilherme Simões, Secretário Nacional de Periferias.
PT Nacional, com informações da Secom/PR